“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
CONSCIENCIA DE DEVER
Com muita sabedoria, os
Espíritos nobres responderam a pergunta de Allan Kardec a respeito de aonde se
encontram inscritas as leis de Deus, informando que estão na consciência.
A conquista
da consciência pelo ser a foi um dos mais importantes momentos do processo da evolução antropológica.
Saindo do
instinto e dos seus impulsos automáticos, a inteligência desabrochou e surgiu o discernimento, logo a razão pode identificar os objetivos
existenciais, compreendendo as funções que lhe dizem respeito e atingindo o voo
da imaginação em torno de algumas questões em torno de difíceis
significados, alcançando quase as abstrações.
Lentamente
foi surgindo a consciência lúcida,
capaz de tomar conhecimento da
realidade, selecionando os valores
edificantes daqueles que se caracterizam pela perturbação e pelo
sofrimento, aprofundando-se na
constatação do comando da transcendência e da percepção objetiva, cósmica...
Alcançado o estágio de ser pensante, o Espírito faz-se responsável pelas suas
ações, por já ser capaz de distinguir o bem do mal, o que o promove e o que o
rebaixa moralmente, nascendo-lhe o senso
de responsabilidade.
A partir desse momento, a consciência
o induz ao cumprimento dos deveres estabelecidos pelas leis sociais e,
principalmente, por aquele que tem sido padrão através dos últimos milênios exarada
por Moises: o Decálogo.
Dada a
severidade de que se constitui, Jesus
amenizou-a, propondo a lei de amor através da qual mais facilmente se pode adquirir a paz interior e avançar-se no
rumo do conhecimento desenvolvendo os incalculáveis tesouros da inteligência.
Desde o Código
de Hamurábi até as modernas leis que
reconhecem os direitos humanos e trabalham contra qualquer tipo de exploração
da mulher e do homem e, buscam eliminar os hediondos preconceitos de raça, de
credo, de nascimento, de classe, de penalização de morte, a lei de amor atinge o auge, dando-lhes o toque de compaixão e de
misericórdia quando a severa balança da justiça impõe a aplicação austera dos
impositivos estabelecidos e de caráter punitivo.
As leis humanas buscam estabelecer regras de
convivência saudável dos indivíduos com eles mesmos, suas famílias,
a sociedade, dando espaço ao clima de respeito e de trabalho que proporcionam o
progresso e propõe a harmonia de todos.
Sempre que
desrespeitadas, trazem dispositivos de
punição ou de reeducação do infrator, proporcionando-lhe o soerguimento moral e social, assim como o reequilíbrio para prosseguir no
conjunto das demais pessoas.
As leis divinas estabelecem a harmonia
cósmica, estendendo-se aos grupos humanos de forma que a fraternidade e o dever sejam responsáveis
pela conquista dos direitos de todos.
Sem a lei de amor, a recuperação dos
equivocados, a disciplina dos rebeldes, o desenvolvimento dos mais primitivos e
perversos que ainda se encontram nas faixas primárias da evolução, seria muito mais difícil.
Respeitar todas as leis é dever do cidadão que
deseja a ordem e o desenvolvimento da comunidade em que se encontra localizado.
A reta consciência do dever é o estágio de
amadurecimento psicológico do ser humano que descobre o objetivo
primordial ou principal da existência na Terra e labora no atendimento de todas
as responsabilidades que lhe dizem respeito.
Percebe, por exemplo, que a reencarnação é oportunidade
sublime na edificação de si mesmo, da autoiluminação, da constituição digna
da família universal, de aprendizagem do bem inefável.
As alegrias vindas dessa conscientização
transformam-se em bênçãos que passam agora a estimular e aumentar o desejo de
mais servir, tornando-o um exemplo vivo de fé robusta e de ação libertadora.
Quanto mais a consciência aprofunda o
autoconhecimento, mais fáceis se tornam os esforços para a conquista da plenitude,
do que Jesus chamou o reino dos céus de
cada um.
Não é indispensável esperar a desencarnação
para fruí-lo, pois, encontrando-se em germe durante a jornada humana, amplia-se
e enche-se de harmonias siderais que prosseguem após a desencarnação, quando a morte
liberta o encarcerado na matéria.
O sentimento de gratidão acompanha sempre o
a consciência do dever, por permitir o entendimento do significado
da oportunidade concedida ao empreendedor, que se esforça por aproveitá-lo com
sabedoria e valorização da oportunidade.
Essa consciência do dever não pode ser
transmitida, por ser resultado das reflexões em torno da existência terrena,
da sua transitoriedade, das ilusões anestesiantes e passageiras, da
escolaridade que representa, proporcionando o conhecimento integral da vida.
Os vários
comportamentos morais e espirituais da sociedade, percebe-se os diferentes
níveis de consciência em que se encontram os seus membros, mas todos caminhando, inevitavelmente, para a conquista
do mais elevado.
Nesse sentido,
a reencarnação é o recurso valioso de
que se utilizam as divinas leis, propiciando a mudança de estágio em que
todos se encontram, podendo galgar outros degraus mais elevados e
felicitadores.
Aqueles que, não se interessam pelas
conquistas mais profundas e preferem as experiências sensoriais, os prazeres
imediatos, o letargo da consciência do dever, também são convidados
pela vida à mudança de comportamento, porque a lei de progresso é inevitável.
O ser humano está destinado à sublimação,
apesar de vivenciarmos no momento inquietações e desafios que domina a sociedade
aturdida, extravagante e consumista.
Ninguém
poderá fugir do impositivo da evolução, que faz parte do esquema projetado por Deus para todos os Seus filhos.
Indispensável,
portanto, cada um com sabedoria, utilizar,
desde já, das possibilidades ao
alcance, trabalhando as
anfractuosidades, as protuberâncias, as imperfeições do caráter abrutalhado,
esmar ou avaliar os sentimentos e aspirar
pela individuação.
Se a
tua consciência aponta o caminho da harmonia
pelo trabalho e pela renuncia dos insultos e suas propostas, não temas prosseguir estoicamente, resignado ante
o sofrimento.
Compreendido
ou caluniado, avança com coragem,
vencendo-te a ti mesmo e ampliando os horizontes das tuas aspirações na
direção do Mestre incomparável que te serve de guia, e modelo de toda a
humanidade.
Nunca desistas
de fazer o bem, embora perseguido e
mal afamado.
Numa sociedade
onde os deveres de consciência ainda não são respeitados,
e os subornos, as concordâncias indignas se colocam onde não deveriam estar, que sejas aquele que age com retidão e vive
obedecendo aos postulados das leis divinas, respeitando ainda aquelas que
são humanas.
Texto
de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado
e editado por Adáuria Azevedo Farias. 06/05/2018.
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