sábado, 12 de maio de 2018



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”

ASCENSÃO E QUEDA

A História é, um repositório complexo cheio de acontecimentos que se referem a humanidade.

As suas narrações luminosas e trágicas mostram a impermanência da prosperidade e da desgraça, quase sempre sucedendo, um após o outro, às vezes nem na mesma ordem, mostrando que a arvore que o Pai não plantou é sempre arrancada.  

Acompanhamos através dos seus registros, a ascensão de impérios grandiosos, que parecem  indestrutíveis, que o tempo destruiu e as guerras de extermínio aniquilaram, nações que surgiram do pó dos desertos ou da lama dos pântanos e submeteram outras a sua vontade belicosa, que brilharam por um tempo caindo logo depois, ficando somente pedras queimadas e muralhas gastas, ou as páginas emocionadas dos seus escritores, e as calamidades dos seus governantes insensíveis...

A Babilônia gloriosa de Nabucodonosor e os jardins suspensos construídos em homenagem a sua mulher hoje se reduzem a pó, os colossos de pedra como templos monumentais e pirâmides guardadoras de segredos ainda  nem decifrados no Egito dos faraós se encontram corroídos pelos ventos e submersos em areais áridos, a índia dos marajás opulentos e dos párias desprezados hoje com as cidades abandonadas umas pela falta de água,  outras destruídas pelas guerras contínuas entre as diferentes etnias, seguida de misérias sem nomes, o poder de Esparta desaparecido e esquecido nas ruínas em cinzas, a beleza de Atenas e sua filosofia transferidas para Roma dominadora e, mais tarde, destruída...

Nos tempos modernos, também se levantaram impérios quase invencíveis, como o otomano, o austro-húngaro, o britânico, o nazista, o soviético e outros da mesma importância,  apresentando-se hoje devorados pela loucura dos seus construtores ambiciosos, sofrendo o efeito dos crimes perversos feito contra os povos que submeteram e os mártires que assassinaram cruelmente...

As glórias do poder terreno transformam-se em lembranças doloridas, que deveriam ensinar as novas gerações de governantes as superiores lições de edificação do bem e da justiça, da equanimidade e da fraternidade pelas quais podem tornar-se destemidos, permanentemente vivos no conjunto que deve preparar o mundo melhor, mais digno de ser considerado e com conteúdos morais e espirituais mais elevados.

Até o cristianismo, que transformou a humilde manjedoura em templo ornamentado de ouro e de purpura, saindo da simplicidade das praias gentis da Galileia e alcançando os tronos reais, segurando o cetro do poder nas mãos vigorosas da prepotência e da presunção, vem caindo no descrédito e no desrespeito dos seus príncipes e nobres representantes, por ter perdido a inspiração divina do Cristo,  adulterado as Suas lições, transformando-se em organização politico-religiosa arbitrária e falaciosa em queda...

Com o tempo, tudo passa, ficam apenas as lembranças dolorosas ou sublimes dos que  viveram aquele tempo, deixando as imortais páginas das vidas que se permitiram.

A simbólica Esfinge devora tudo, menos as construções do bem, do amor, da verdade de que Jesus Cristo se fez instrumento, cuja vida e obra inscrevem-se como os mais felizes momentos da humanidade.


A sublime proposta do Mestre Galileu, em ternura e em compaixão, exteriorizada com mansidão e misericórdia em nome do amor, vem atravessando os dois últimos milênios  como a mais bela página da vida de todas as vidas.

Trazendo ao mundo das ilusões o definitivo reino de Deus, colocou suas bases nos sentimentos das pessoas, pondo a criatura humana no mais elevado nível de dignidade e de beleza, enriquecendo-a de saúde e de harmonia.

Todos os que são convidados a participar desse incomparável império de grandeza devem despir-se das capas pesadas em que se aprisionam nos tecidos dos vícios e disparates, não despertaram para a cidadania espiritual.
compreendendo que é indispensável a veste nupcial para o banquete permanente da fraternidade e da compaixão em relação aos infelizes que ainda para a cidadania espiritual.

Enquanto as nações do mundo se celebrizam pelo exterior, pela opulência e extravagancia, sugando o sangue e a vida daqueles que se lhes submetem, roubando-lhes a alegria e o encantamento, o reino dos céus  não vem com a aparência exterior, libertando os prisioneiros dos desejos servis e ajudando-os a conquistar a autoconsciência que os trabalha para a conquista da verdadeira harmonia.

A traição, a infâmia, a perseguição, a fraude, a subserviência, a hipocrisia, o medo e outros títeres dos sentimentos humanos são as moedas do comercio social e politico dos grandes povos que se levantam no cenário internacional, combatendo a guerra e vendendo armas de alta destruição aos belicosos, pregando justiça social e progresso com o seu povo feito escravo da sua tecnologia e indústria do terror, para alcançarem o lugar dos aplausos por pouco tempo, logo caindo vencidas pelos desastres da natureza ou das suas ambições desordenadas.

A misericórdia, a caridade, a ternura, a compreensão e a solidariedade são os extraordinários recursos disponíveis para a instalação e convivência em o novo reino, onde não existem separatismos nem exclusivismo de classes e de governantes, cada um sendo responsável pelos seus atos ante a consciência lúcida em relação ao dever e à vivencia pessoal.

Desconhecendo preconceitos e exaltações egóicas, as leis que nele vigoram se originam na responsabilidade pessoal, são estabelecidas pelos soberanos códigos de equilíbrio universal, todas derivadas do amor de Deus com os Seus filhos.

Das ruínas que ficaram das obras grandiosas do passado, nascidas no orgulho e na ostentação de homens e mulheres atormentados, levantam-se hoje construções de tolerância e solidariedade  para acolher todos os indivíduos, sem nenhuma distinção, sob o estrelado céu da complacência do Seu Engenheiro Sideral...

Ainda passarão muitos dias de lutas dolorosas entre os mantenedores da opressão, que detestam a liberdade, dos caprichosos dominadores de outras vidas, que continuarão investindo contra as novas realizações, dos atormentados mentais que se comprazem na vilania e nos desvios morais, criando embaraços, daqueles que se transformam em inimigos do bem acionados pelas mentes enfermas da espiritualidade inferior, afligindo os novos obreiros do Senhor, perseguindo-os com instintos destrutivos, sem perceberem que a morte também os arrebatará, levando-os ao país de origem, onde se encontrarão com a consciência desestruturada...

Que a tua ascensão moral seja resultado do esforço para tornar-te cada dia melhor do que na véspera, ambicionando e lutando por aprimorar-te mais no dia seguinte, já que aspiras o reino de Deus que necessitas edificar ou construir dentro de ti mesmo, sem desprezo pelos impérios passageiros da Terra, em que exercitas a fraternidade e o bem.

Talvez não sejas agraciado pelas simpatias e enriquecimentos convencionais, chamado mesmo a testemunhos silenciosos como ocorre quando se está em um mundo de paixões infamantes, mas mantém a tranquilidade que deve caracterizar todos quantos se vinculam ao Divino Construtor da Terra, servindo com empenho da maneira mais eficaz e duradoura possível.

Amanhã constatarás amanhã o que significa ascensão e queda no mundo das convenções que, é a abençoada escola de aprimoramento moral dos Espíritos no seu processo de crescimento e de autoiluminação.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 12/05/2018.

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