domingo, 29 de abril de 2018


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
FIDELIDADE MEDIÚNICA

A faculdade mediúnica, inerente a todas as criaturas humanas, é benção de Deus para proporcionar a conscientização da realidade transcendente da vida.

Preso à matéria e sob as suas fortes influencia, o Espírito sofre os limites que lhe são impostos pelo corpo, esquecendo da sua origem, dos objetivos assumidos antes de reencarnar, dos comportamentos necessários, para chegar a vitória .

Predominando a natureza orgânica, os instintos e arquétipos mais perturbadores, diante dos seus conteúdos, se fixam com mais força na alma, dificultando a libertação dos arquivos nobres presentes no inconsciente profundo, referentes à sua imortalidade.

A educação formal no lar e na sociedade nem sempre se fixa na fé religiosa, e muitas vezes, quando ocorre o contrário, muitos nomes com que se diferenciam umas das outras trazem propostas ilegítimas, relacionadas aos interesses de cada grupo, distantes do pensamento do Cristo e dos Seus apóstolos que, em todos os tempos, foram unânimes em expressar-Lhe fidelidade, embora com vocabulários diferentes.

A importância histórica e cultural de cada povo e suas tradições não permitiam a livre expressão dos embaixadores de Jesus que traziam a mensagem de libertação, fazendo adaptar-se aos costumes e conceitos dos ambientes, sem que perdessem o profundo significado de beleza e de autenticidade...

Assim é que, desde Fo-Hi, na China, passando por Lao-Tsé e Confucio, com as suas lições de harmonia social e de fidelidade doméstica, a Krishna, a Buda, na India, a Moisés e todos os profetas em Israel, a Sócrates, Platão e Aristóteles, na Grecia, com o idealismo do primeiro e as confirmações dos demais, as mensagens libertadores alcançaram as consciências humanas, atingindo o período áureo quando a Sua presença na Terra, e, depois, através dos discípulos que Lhe ofereceram a vida em holocausto...

Mais tarde, vieram os embaixadores do Seu verbo divino, convidando à refletir sobre a sobrevivência ao túmulo, alcançando Allan Kardec, como emissário do Consolador, dignificando a mediunidade com as experiências da investigação cientifica.

A partir daí, a mediunidade deixou o lugar de carisma, dom, privilégio ou de manifestação demoníaca, psicopatológica, excêntrica, para ocupar o seu significado de faculdade da alma, que o corpo reveste de células para a decodificação das energias transcendentais, confirmando a sobrevivência do Espírito à  separação molecular.

A partir desse momento de valiosa significação psicológica, histórica e humanística, a mediunidade vem trazendo melhor entendimento da existência terrena e seu objetivo, trazendo conforto moral a todos que vivenciaram a partida dos entes queridos na direção do vale da morte,  e estavam à beira do desespero, chamados pela insubstituível saudade e angustia da separação.

A partir daí, a esperança percorre a humanidade, levando-a ao prosseguimento dos deveres, a alegria de continuar na experiência física, buscando o próprio e o progresso da sociedade.


A mediunidade é ponte vibratória entre o mundo físico e o espiritual.

Muito combatida pelas forças de um e do outro lado da vida, que se satisfazem em manter as criaturas humanas na ignorância ou submetidas a sua crueldade, nos infelizes processos de obsessão e de inspirações doentias, a mediunidade é o importante recurso psicoterapêutico libertador.

O seu exercício torna-se indispensável,  com o estudo da sua constituição fisiológica, das manifestações de natureza emocional e dos distúrbios nervosos decorrentes das heranças anteriores de cada um.

Nesse abençoado ministério, a transformação moral do médium para melhor, cada dia lutando pela liberação das próprias imperfeições, é fundamental, por propiciar a presença dos benfeitores espirituais pelo processo natural da sintonia psíquica.

Muitas dificuldades, surgem junto à sua vivencia.

De um lado, as tendências perturbadoras presentes no próprio indivíduo, aprisionando-o às paixões infelizes, do outro lado, os relacionamentos afetivos que poucas vezes sabem ajudar estimulando à humildade, ao serviço, sem  privilégio ou distinção.

Pelas vivencias anteriores, se encontram nele as heranças nem sempre felizes, que abrem espaço à animosidade dos que se sentiram prejudicados e não se encontram animados para o perdão, assediando-lhe a casa mental e criando embaraços de toda ordem, para dificultar-lhe ou até impedir-lhe o exercício saudável da faculdade mediúnica.

O conhecimento espírita, é o recurso valioso que contribui com segurança na preservação da serena e irrestrita confiança em Deus, iluminando-o interiormente e trazendo-lhe a alegria indispensável à vida saudável a serviço do bem.

Muitos tombam no caminho da ascensão, sem forças para soergue-se, ou desistem ante os impositivos severos da própria recuperação, iludidos pelas fantasias mundanas e inspirações infelizes.

Quando o medianeiro conquista a consciência da sua faculdade e resolve dedicar-se a tarefa com Jesus eleva-se, mental e moralmente, sintonizando com os nobres Espíritos que trabalham para o bem comum e se encarregam de cuidar da sua existência, auxiliando-o no desenvolvimento intelecto-moral.

Como em qualquer ministério edificante, quem se dedica com fervor a tarefa que abraça, consegue a vitória sobre si mesmo, crescendo na ação da bondade que deve realizar.

A mediunidade é instrumento de consolação sublime, trazendo a comprovação da imortalidade do Espírito confortando aqueles que se encontram saudosos, e trazendo-lhes a esperança  com certeza do futuro reencontro feliz.

Ao mesmo tempo, traz a comunicação dos desencarnados aflitos, que despertam no além aflitos pelos desmandos que se permitiram e voltam sedentos de paz e famintos de luz.

Feliz aquele que pode transformar a existência em um evangelho de feitos edificantes, marcando a caminhada com pegadas de amor e de paz, especialmente no exercício da mediunidade luminosa.

Como médium de Deus, Jesus deu o exemplo da máxima fidelidade ao compromisso de desvela-Lo a todas as criaturas, sendo lição viva de amor e de trabalho na construção da sociedade saudável e ditosa.

Sempre que estiveres angustiado por qualquer fator na tua sensibilidade mediúnica, pergunta-te como Jesus se comportava em semelhantes situações e segue-Lhe o exemplo.

Agindo assim, nunca te equivocarás ou passarás  sofrimentos injustificáveis.

Portanto, não olhes para trás ou para os lados, segue sempre em frente, lembrando que apenas a Ele prestarás contas, por haveres sido por Ele convocado para o Seu rebanho de amor.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 29/04/2018.

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