GRAVITANDO EM TORNO DE
DEUS
OS VALORES DE ALTA
SIGNIFICAÇÃO
Nunca é demais insistir-se
na vivencia dos valores éticos
superiores, muito importantes na vida humana, chamados de virtudes, substituindo aqueles vindos
das experiências anteriores, conhecidos como vícios.
Os valores éticos
superiores considerados sentimentos do coração, as virtudes e os outros que são resultado das heranças evolutivas primárias,
que continuam predominando na conduta.
Na obra indiana Bagavad Gita, são apresentados como
familiares das duas raças: a pandava e a
kuru. Parentes entre si, vivendo no país dos sentimentos em vigília
constante. Porque os pândavas que são as
virtudes são menos numerosos, devem destruir os kurus que são os vícios e são mais abundantes, por pertencerem aos
fenômenos do processo de crescimento, que continuaram dominantes, embora já não
necessários.
Desde os momentos da
razão, deveriam ser substituídos naturalmente, abrindo espaço para as
realizações da consciência e do bem.
Embora, fixados nos
instintos do ser, expressam-se com facilidade, gerando mecanismos de culpa e de
sofrimento, que dificultam o avanço racional do Espírito para a liberdade.
Na obra citada, o
mestre Krishna recomenda ao discípulo Ardjuna que os mate, destruindo-os pela raiz através da batalha que deve ser travada no
campo da consciência.
Considerando-se as
conquistas do moderno pensamento psicológico, diante do qual o esforço de
crescimento nunca se basea em qualquer forma de destruição e morte, mas sim em
transformação e em aprimoramento, não há dúvida que o esforço feito para a superação dos vícios manifeste-se na sua substituição pelas virtudes.
Os
hábitos perversos instalados no comportamento são fixações
dos atos não pensados, que se transformaram em uma segunda natureza, que a boa educação pode corrigir.
Todas as construções do
comportamento se fixam como hábitos
que pode-se classificar em doentios e
saudáveis. Os doentios são responsáveis
pelos desequilíbrios, pela insensatez, pela perturbação, gerando problemas e sofrimentos. Os saudáveis respondem pela harmonia, o crescimento interior, a autorrealização,
a paz...
Conforme o ser
inteligente vivencia o prazer e a dor,
dispõe dos instrumentos hábeis para a escolha de bem-estar, responsável
pela saúde e pela alegria de viver.
As
virtudes são importantes recursos que desenvolvem os sentimentos de nobreza
adormecidos no imo do ser, já os vícios produzem morbo que agride o organismo em todas as suas expressões.
Automatizando-se,
um ou outro, logo apresentam-se os resultados na constituição
psicofísica do indivíduo, tornando-o
gentil e equilibrado ou inseguro e violento.
As
virtudes são os pensamentos de amor e de paz, que se transformam
em hábitos de solidariedade de respeito por si mesmo e pelo próximo, enquanto
os vícios se apresentam como agressão e
autodefesa, em contínuo mal-estar e indiferença pela vida dos outros.
Nesse capítulo, o conhecimento sobre os objetivos essenciais
da vida humana tem papel preponderante, contribuindo para o desenvolvimento
dos edificantes em detrimento dos que
conspiram contra a felicidade.
Deixando de ser fenômenos
teologais, as virtudes tem qualificação psicoterapêutica,
trabalhando a produção de monoaminas responsáveis
pela preservação do sistema imunológico e, em consequência, pela saúde do
individuo. Já os vícios proporcionam a
produção de maior quantidade dessas substancias que se transformam em
fatores de desarmonia na estrutura das defesas orgânicas, abrindo espaço para a
instalação de doenças.
Todos os grandes guias
da humanidade conheciam essas particularidades produzidas pelo pensamento e
transformadas em hábitos de vida.
Jesus,
como Psicoterapeuta transcendental, sabia que o Espírito é a fonte de energia,
produzindo de acordo com a sua inclinação para a sublimação ou permanência no
estágio de primarismo.
Assim
também compreendeu o apóstolo Paulo, quando ensinou:
Pensai nas coisas que são de cima e não
nas que são da Terra, conforme Colossenses, capítulo3, versículo2, se
referindo às de natureza espiritual, enquanto na marcha material.
Todas
as coisas más procedem de dentro e contaminam o homem – disse
o Mestre, conforme Marcos, no capítulo9 versiculo23.
Substituindo-se
o verbete dentro pelo pensamento e teremos a escolha do que
distingue o bem falar, o bem proceder.
Nenhum
ser normal, pode viver sem pensar, sendo a sua vida uma panorâmica
de ideias e construções mentais que caracterizam o estágio em que transita no
mundo.
Assim, conforme os pensamentos – hábitos mentais
– serão as condutas a se expressar
inevitáveis.
As
virtudes, assim como os vícios, são aprendidas,
fixando-se em decorrência da repetição que sejam ou não praticadas.
Allan Kardec, seguindo o
caminho de Jesus, traduziu o pensamento dos bons Espíritos, explicando que a moral, conforme a resposta
a questão 629 de O Livro dos Espíritos, é a regra de bem proceder, isto é, de
distinguir o bem do mal. Funda-se na observação da lei de Deus.
É
a escolha dos pensamentos e atos saudáveis, porque tem
origem divina, e os vícios tem procedência
animal, que tiveram uma finalidade em determinado momento evolutivo, mas que não
devem continuar fazendo parte do processo libertador.
Centradas na fé, na esperança
e na caridade, essas virtudes são os sentimentos puros do ser, que refletem a
Divindade da qual todos procedem.
A
humildade, a perseverança, os deveres enobrecidos, capitaneados pelo amor,
exornam o Espírito e o ajudam a conquistar a harmonia.
Toda filosofia
ética-moral do Evangelho de Jesus encontra-se fixada nos valores enobrecedores,
que promovem o indivíduo e o alçam à conquista
do reino do Céus.
Herdeiro do primarismo
por onde passou, conservam as fixações do instinto, a permanência do caráter
violento e perturbador, que foi muito importante em determinado tempo,
auxiliando-o a conquistar a inteligência. Mas, porque caminha em direção da
angelitude, torna-se urgente vivenciar os valores nobres, que irão ajudar a
eliminar as paixões negativas, transformando-as em sentimentos sublimes, no caminho
ascensional para Deus.
Texto de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento,
trabalhado por Adáuria Azevedo Farias.
O7/05/2017
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