GRAVITANDO EM TORNO DE
DEUS
AUTOMATISMO DO BEM
No processo de evolução, as células desenvolveram-se em um período de aproximadamente dois bilhões de anos, para conquistar o
automatismo fisiológico, na conquista da
memória na função a que se destinam.
Em razão do
períspirito, na formação do ser orgânico
são plasmados os arquipélagos de dezenas de trilhões delas, formando a maquina
fisiológica do ser humano. O seu processo de aglutinação molecular por automatismo, nesse modelo organizador, forma os diferentes órgãos através dos quais a energia mental controla a vida em
manifestação.
O
automatismo do bem é uma herança divina que o Espírito possui
e que, através do tempo, se manifesta
como impulso natural, levando-o de volta
à Fonte da qual procede.
Em razão do largo
desenvolvimento, pelo automatismo fisiológico, continuam os hábitos repetitivos que deram lugar aos instintos básicos,
enquanto que a razão e a consciência desenvolveram-se, favorecendo a escolha pelo
Bem.
Sempre
que os automatismos negativos tem lugar no ser
humano, ele ainda se encontra preso às heranças do passado, sem que o discernimento se expresse com segurança.
Quando a consciência
desperta do sono profundo em que se demora por longo tempo, surgem as preocupações com as construções
mentais edificantes, responsáveis pelas realizações nobres.
Aos
poucos, firma-se a tendência para o bem que passa a viger no âmago do ser, agora atraído pela
fatalidade da perfeição relativa a que se encontra destinado.
É longo e penoso o
processo, em face da acomodação das funções
do organismo físico, repetitivas
e automatistas.
Porém o ser, é de
essência divina, moldando a argamassa
celular conforme as necessidades de crescimento na direção de Deus.
Inevitavelmente, sente
o deotropismo que o arrasta, (movimento
irresistível para Deus) (atração irresistível para Deus) quebrando as algemas
dos hábitos inferiores passando a experimentar os indizíveis prazeres vindos do bem que pratica e lhe faz bem, ampliando-lhe
a capacidade de realizar novos empreendimentos dessa natureza.
Como
o mecanismo da evolução é estimulado pela vontade,
as experiências prazerosa da prática do
bem proporcionam a sua repetição, na busca de novas satisfações ética e
moral.
Por acalmar e felicitar,
a necessidade de vivenciá-lo desenha-se
no Espírito e transforma-se em automatismo, da mesma forma que ocorre
quando a escolha é manter-se no desequilíbrio e na insensatez.
Por
mais se demore na decisão de crescer, chega o momento no
compromisso da vida em que as Leis se impõem e o livre-arbítrio é substituído
pelo impositivo de sair da ignorância para as claridades do conhecimento.
Na teimosia em que se
detém, o Espírito é submetido à provação, através dela aprende pelo sofrimento lúcido à obedecer aos
Códigos Divinos. Depois, em razão da sistemática rebeldia quando insiste em
perseverar na ignorância da verdade, impõe-se lhe a expiação, através da qual não há como escapar ou fugir da fatalidade
do bem.
Criado à semelhança de Deus, isto é, sendo de essência
sublime, o Espírito deve tirar a ganga a
que se afeiçoa como acontece com o diamante bruto que um dia deverá brilhar
como uma estrela, experimentando os golpes agressivos e devastadores do
instrumento que o lapida, no caso em tela, o sofrimento expiatório, quando se necessário.
Em
toda parte encontra-se convites ao serviço edificante
para quem quer realmente encontrar-se e brilhar interiormente.
A visão dessa realidade,
é consequência das experiências interiores que trabalham pela descoberta dos
valores realmente significativos e indispensáveis.
O auto-exame a respeito
das necessidades reais do ser é o desafio inicial que irá despertar as
qualidades morais adormecidas, selecionando aquilo que é útil em relação ao que
apenas parece sê-lo.
A
educação dos hábitos torna-se instrumento importante para a conquista do Bem
graças ao entendimento sobre as finalidades existenciais. Dando-se conta de que
é aplicado muito tempo na relação dos instintos, que tomam as 24 horas do dia,
nas várias atividades, inclusive no repouso pelo sono, surge o momento em que
se faz imperiosa a reserva de algum tempo para a reflexão dos conteúdos
espirituais, meditando nas ocorrências do quotidiano.
A reencarnação
surge-lhe na tela mental como benção de inapreciável significado, por possibilitar-lhe
prosseguir sempre na realização
iluminativa que inicia.
Esse conhecimento não o
faz retardar indefinidamente o trabalho de crescimento espiritual; mas, estimula
a inicia-lo imediatamente e a continuar com pressa, diminuindo o tempo que se faz
necessário.
A luz no túnel, que brilha convidativa, a distancia, é motivo valioso
para sair-se da escuridão em que se caminha entristecido e desmotivado.
À medida, porém, que o
Espírito adquire sabedoria, novos estímulos influenciam-lhe o atutomatismo fisiológico,
e as células, que dialogam entre si,
passam as informações mantenedoras da
vida em diferentes ritmos propiciadores do bem-estar e do equilíbrio da maquina
fisiológica.
A
sensação de harmonia orgânica, mesmo se algum distúrbio surge no capítulo saúde
doença, não é interrompida, porque o Espírito entende como um
acidente de percurso, sem maiores consequências, necessário a continuação da
marcha na direção do destino estabelecido.
Praticar
o bem, é fenômeno genético, presente em todos os seres humanos.
Esforçar-se por permitirr-lhe
o surgimento como função inteligente da
vida é tarefa inadiável para a criatura inteligente na Terra.
O
bem, no entanto, é tudo aquilo que corresponde às Leis de Deus,
desde os pensamentos mais simples de amor e ternura até os gestos grandiosos de
sacrifício pelo próximo, as sociedade, da vida.
Naturalmente, quando
essa ação pede um maior sacrifício, se reveste melhor de significado e
grandiosidade.
Tanto pode expressar-se
na contribuição de valores em favor do outrem, como através dos sentimentos
elevados de bondade, compreensão, tolerância, perdão, ante as conjunturas menos
felizes vindas dos relacionamentos fraternais, sociais, funcionais, muitas vezes
geradores de situações de difícil sustentação.
O
bem é sempre a doação moral daquele que cede, que renuncia, que desculpa, que
compreende e nada pede, tornando natural esse
comportamento, de forma que se lhe transforma num automatismo: sendo ferido,
mas não se tornando agressor; quando acusado injustamente, não se preocupando em
colocar-se na defensiva e acusar; se perseguido, compreendendo que não lhe cabe
a postura de perseguidor...
Conforme com os
procedimentos do automatismo do bem, os outros, os de natureza fisiológica, se
vão depurando, tornando a prisão carnal menos asfixiante e mais flexível,
permitindo o desdobramento natural e consciente durante o
sono reparador, quando o Espírito volta à esferas de onde procede, para fortalecer-se nos empreendimentos que
lhe dizem respeito para executar na Terra.
Na história dos
missionários de todo o quilate, o
automatismo do bem possibilitou-lhes realizar atividades que somente
gigantes do seu nível são capazes de produzir.
Na conquista desse
automatismo, o fenômeno se torna cada vez mais natural e agradável, favorecendo
o Espírito com a alegria da futura conquista da paz perfeita pela qual anela.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro,
Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 13/05/2017
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