sábado, 13 de maio de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

AUTOMATISMO DO BEM

No processo de evolução, as células desenvolveram-se em um período de aproximadamente dois bilhões de anos, para conquistar o automatismo fisiológico, na conquista da memória na função a que se destinam.

Em razão do períspirito, na formação do ser orgânico são plasmados os arquipélagos de dezenas de trilhões delas, formando a maquina fisiológica do ser humano. O seu processo de aglutinação molecular por automatismo, nesse modelo organizador, forma os diferentes órgãos através dos quais a energia mental controla a vida em manifestação.

O automatismo do bem é uma herança divina que o Espírito possui e que, através do tempo, se manifesta como impulso natural, levando-o de volta à Fonte da qual procede.

Em razão do largo desenvolvimento, pelo automatismo fisiológico, continuam os hábitos repetitivos que deram lugar aos instintos básicos, enquanto que a razão e a consciência desenvolveram-se, favorecendo a escolha pelo Bem.
Sempre que os automatismos negativos tem lugar no ser humano, ele ainda se encontra preso às heranças do passado, sem que o discernimento se expresse com segurança.

Quando a consciência desperta do sono profundo em que se demora por longo tempo, surgem as preocupações com as construções mentais edificantes, responsáveis pelas realizações nobres.

Aos poucos, firma-se a tendência para o bem que passa a viger no âmago do ser, agora atraído pela fatalidade da perfeição relativa a que se encontra destinado.

É longo e penoso o processo, em face da acomodação das funções do organismo físico, repetitivas e automatistas.

Porém o ser, é de essência divina, moldando a argamassa celular conforme as necessidades de crescimento na direção de Deus.

Inevitavelmente, sente o deotropismo que o arrasta, (movimento irresistível para Deus) (atração irresistível para Deus) quebrando as algemas dos hábitos inferiores passando a experimentar os indizíveis prazeres vindos do bem que pratica e lhe faz bem, ampliando-lhe a capacidade de realizar novos empreendimentos dessa natureza.

Como o mecanismo da evolução é estimulado pela vontade, as experiências prazerosa da prática do bem proporcionam a sua repetição, na busca de novas satisfações ética e moral.

Por acalmar e felicitar, a necessidade de vivenciá-lo desenha-se no Espírito e transforma-se em automatismo, da mesma forma que ocorre quando a escolha é manter-se no desequilíbrio e na insensatez.

Por mais se demore na decisão de crescer, chega o momento no compromisso da vida em que as Leis se impõem e o livre-arbítrio é substituído pelo impositivo de sair da ignorância para as claridades do conhecimento.

Na teimosia em que se detém, o Espírito é submetido à provação, através dela  aprende pelo sofrimento lúcido à obedecer aos Códigos Divinos. Depois, em razão da sistemática rebeldia quando insiste em perseverar na ignorância da verdade, impõe-se lhe a expiação, através da qual não há como escapar ou fugir da fatalidade do bem.

Criado à semelhança de Deus, isto é, sendo de essência sublime, o Espírito  deve tirar a ganga a que se afeiçoa como acontece com o diamante bruto que um dia deverá brilhar como uma estrela, experimentando os golpes agressivos e devastadores do instrumento que o lapida, no caso em tela, o sofrimento expiatório, quando se necessário.



Em toda parte encontra-se convites ao serviço edificante para quem quer realmente encontrar-se e brilhar interiormente.

A visão dessa realidade, é consequência das experiências interiores que trabalham pela descoberta dos valores realmente significativos e indispensáveis.

O auto-exame a respeito das necessidades reais do ser é o desafio inicial que irá despertar as qualidades morais adormecidas, selecionando aquilo que é útil em relação ao que apenas parece sê-lo.

A educação dos hábitos torna-se instrumento importante para a conquista do Bem graças ao entendimento sobre as finalidades existenciais. Dando-se conta de que é aplicado muito tempo na relação dos instintos, que tomam as 24 horas do dia, nas várias atividades, inclusive no repouso pelo sono, surge o momento em que se faz imperiosa a reserva de algum tempo para a reflexão dos conteúdos espirituais, meditando nas ocorrências do quotidiano.

A reencarnação surge-lhe na tela mental como benção de inapreciável significado, por possibilitar-lhe prosseguir sempre na realização iluminativa que inicia.

Esse conhecimento não o faz retardar indefinidamente o trabalho de crescimento espiritual; mas, estimula a inicia-lo imediatamente e a continuar com pressa, diminuindo o tempo que se faz necessário.

A luz no túnel, que brilha convidativa, a distancia, é motivo valioso para sair-se da escuridão em que se caminha entristecido e desmotivado.

À medida, porém, que o Espírito adquire sabedoria, novos estímulos influenciam-lhe o atutomatismo fisiológico, e as células, que dialogam entre si, passam as informações mantenedoras da vida em diferentes ritmos propiciadores do bem-estar e do equilíbrio da maquina fisiológica.

A sensação de harmonia orgânica, mesmo se algum distúrbio surge no capítulo saúde doença, não é interrompida, porque o Espírito entende como um acidente de percurso, sem maiores consequências, necessário a continuação da marcha na direção do destino estabelecido.

Praticar o bem, é fenômeno genético, presente em todos os seres humanos.

Esforçar-se por permitirr-lhe o surgimento como função inteligente da vida é tarefa inadiável para a criatura inteligente na Terra.

O bem, no entanto, é tudo aquilo que corresponde às Leis de Deus, desde os pensamentos mais simples de amor e ternura até os gestos grandiosos de sacrifício pelo próximo, as sociedade, da vida.

Naturalmente, quando essa ação pede um maior sacrifício, se reveste melhor de significado e grandiosidade.

Tanto pode expressar-se na contribuição de valores em favor do outrem, como através dos sentimentos elevados de bondade, compreensão, tolerância, perdão, ante as conjunturas menos felizes vindas dos relacionamentos fraternais, sociais, funcionais, muitas vezes geradores de situações de difícil sustentação.

O bem é sempre a doação moral daquele que cede, que renuncia, que desculpa, que compreende e nada pede, tornando natural esse comportamento, de forma que se lhe transforma num automatismo: sendo ferido, mas não se tornando agressor; quando acusado injustamente, não se preocupando em colocar-se na defensiva e acusar; se perseguido, compreendendo que não lhe cabe a postura de perseguidor...


Conforme com os procedimentos do automatismo do bem, os outros, os de natureza fisiológica, se vão depurando, tornando a prisão carnal menos asfixiante e mais flexível, permitindo  o  desdobramento natural e consciente durante o sono reparador, quando o Espírito volta à esferas de onde procede, para fortalecer-se nos empreendimentos que lhe dizem respeito para executar na Terra.

Na história dos missionários de todo o quilate, o automatismo do bem possibilitou-lhes realizar atividades que somente gigantes do seu nível são capazes de produzir.


Na conquista desse automatismo, o fenômeno se torna cada vez mais natural e agradável, favorecendo o Espírito com a alegria da futura conquista da paz perfeita pela qual anela. Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 13/05/2017

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