domingo, 21 de maio de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

Conquistando a humildade

Todas as ambições humanas na Terra, por mais importantes que sejam, acabam no aparente silencio da sepultura, terminando um dos capítulos da vida, para começar outro.

A sequencia desses capítulos com as suas grandezas e misérias, conquistas e prejuízos, passando de uma para outra página, é o livro da vida, onde cada Espírito escreve a história do processo da sua evolução.

Engana-se em uma etapa, logo a reinicia, fixando o que aprendeu que lhe servirá de estrutura emocional e cultural para não mais repeti-la.

Realiza uma ação com precisão e equilíbrio para alcançar outro patamar de conhecimento, crescendo em capacidade de realização.

A sua escala de valores ético-morais é  ascendente, trazendo-lhe visão cósmica abrangente em torno da reencarnação.

Todos os esforços devem ser dirigidos para a superação das mazelas ancestrais que são heranças de quando se encontrava nas esferas mais primitivas do crescimento para Deus...

Todos os tesouros considerados valiosos, que venha a acumular,  devem ser de recursos que possam ser conduzidos, não lhe ameaçando a ascensão, impossíveis de serem roubados, perdidos ou vencidos pela ferrugem, pelo tempo...

Nesse sentido, conforme conquista consciência da responsabilidade que lhe diz respeito, compreende melhor quanto precisa aprimorar-se interiormente, conquistando as vibrações da verdadeira humildade.

Essa conquista é de imperceptível significado, por trazer a medida exata para conquistar a compreensão de si mesmo, como a da própria pequenez diante da grandiosidade da vida.

Esse discernimento é conquistado através de pequenos exercícios que se transformarão em conduta natural como parte integrante da vida.

O egoísmo que predomina na natureza espiritual do ser, pelos hábitos antigos e das lutas pela sobrevivência, herança ainda do instinto de conservação da vida, lutará para continuar dominando, criando embaraços sem justificativas...

É preciso um programa definido da responsabilidade pessoal, com a consequente conscientização dos compromissos iluminativos que serão abraçados.

Compreendendo que a felicidade não se limita aos interesses do imediatismo, o Espírito, agora lúcido, não se permite repetir os acontecimentos negativos de ontem, quando era prisioneiro das paixões dissolventes que o embriagaram e alucinaram, acorrentando-o nas faixas primárias que lhe eram campo experimental, e não abrigo permanente...

Porque é complexo na sua estrutura íntima, a humildade pede séria observação de tudo quanto se faz e de como se realiza.

Não transfere para os outros o que é de tua responsabilidade, quando fores mal sucedido, nem lamentes a perda da oportunidade, retemperando, imediatamente, o ânimo, para as novas tentativas.

Nunca se foge, assumindo postura de martírio, justificando falta de forças para o compromisso em que se empenha.

Humildade! Quanta falta faz a humildade aos grandes pequenos seres humanos!


Considera-te como és; um permanente aprendiz da vida.

Não te permitas pensar que és um ser especial, catalogado como superior ou portador de uma missão maior do que a dos outros,

Se estás à frente de alguma trabalho ou com responsabilidade de alto significado na condução de bens terrestres, no ensino, na condução de vidas, vigia as nascentes do coração, evitando que a agua cristalina do dever se turbe, mesclando-se com o lodo em repouso, como prepotência ou falsa superioridade.

Tens encargos a atender, que deves cumprir com desapego e elevação.

Se te encontras abençoado com a fortuna ou com o poder temporal em qualquer experiência na sociedade, compreende que és mordomo, e que serás chamado a dar conta do que te foi confiado...

A arrogância é doença do Espírito que se permite ensoberbe-se pelo seu bafio, para esvaziar-se de um momento para outro, quando a realidade se apresenta.

O orgulho é filho da presunção daquele que se supõe inatingível, embora a fragilidade de que se constitui.

A arrogância é falta de tino da pequenez que se agigante em aparência, temendo a perda do que crê que adquiriu.

A prepotência é distúrbio de conduta, que mascara o conflito de inferioridade do ser, aparentando a força que gostaria de ter.

A vaidade é distorção de ótica espiritual, com lentes embaciadas pela nuvem da ilusão...

Todo esse cortejo de malfeitores internos estão prontos para impedir que se instalem a simplicidade de conduta, o comportamento espontâneo e gentil, a sensatez que discerne entre a função e aquele que a exerce, em relação à situação do momento que se vive e quem a vive...

Nunca é demais logicar em torno do que se é, com vista em como se encontra.

O jogo do poder muda de mão a cada instante, e a gloria de hoje é a véspera da desgraça de amanhã, assim como a submissão de hoje pode modificar-se para o domínio da situação no futuro.

Basta um olhar apressado que seja, na  política mundial, para perceber que o perseguido de um momento torna-se o herói do futuro, que o vencedor em um pleito logo entra em decadência quando assume o poder e não pode atender a tudo como prometeu, que o conquistador que esmaga é possuidor de um império de passageira duração...

Mas a humildade, dá ao ser humano a medida exata do que ele é, de como  deve se conduzir e tudo que lhe cabe fazer para alcançar a elevada meta da sua integração na Consciência Cósmica.

A vida na terra é feita de contínuos desafios, sempre um mais grave do que aquele que já foi solucionado.

Aprende, assim, a ser participante da comunidade que a vida te hospedou, como membro atuante, interagindo em todos os seus programas.

O homem de bem, que tem a dimensão de si mesmo, percebe o quanto lhe falta conseguir, para estar em paz, como decorrência do esforço empregado na conquista de si mesmo.

Nunca para, quando percebe o imenso caminho a percorrer, na busca da Verdade...


Mantém-te, simples de vacuidades e pleno de alegria de viver, considerando a oportunidade iluminativa ao teu alcance.

Aproveita cada momento da vida, para ampliares os limites do progresso que te cumpre alcançar.

Cada irmão do teu caminho é tua oportunidade de crescimento para Deus.

Ninguém alcança o Paraíso sem experienciar o terrestre Éden que se encontra ínsito no coração como esplendido no amado planeta em que te encontras.

Assim, a humildade torna-se a estrela brilhando à frente, convidativa e libertadora.  


Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/05/2017

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