GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Conquistando a humildade
Todas
as ambições humanas na Terra, por mais importantes que sejam, acabam no aparente
silencio da sepultura, terminando um dos capítulos da vida, para começar outro.
A
sequencia desses capítulos com as suas grandezas e misérias, conquistas e
prejuízos, passando de uma para outra página, é o livro da vida, onde cada
Espírito escreve a história do processo da sua evolução.
Engana-se
em uma etapa, logo a reinicia, fixando o que aprendeu que lhe servirá de
estrutura emocional e cultural para não mais repeti-la.
Realiza
uma ação com precisão e equilíbrio para alcançar outro patamar de conhecimento,
crescendo em capacidade de realização.
A
sua escala de valores ético-morais é ascendente, trazendo-lhe visão cósmica
abrangente em torno da reencarnação.
Todos os esforços devem ser
dirigidos para a superação das mazelas ancestrais que são heranças de quando se encontrava nas
esferas mais primitivas do crescimento para Deus...
Todos os tesouros considerados
valiosos, que venha a acumular, devem ser de recursos que possam ser
conduzidos, não lhe ameaçando a ascensão, impossíveis de serem roubados,
perdidos ou vencidos pela ferrugem, pelo tempo...
Nesse
sentido, conforme conquista consciência
da responsabilidade que lhe diz respeito, compreende melhor quanto precisa
aprimorar-se interiormente, conquistando
as vibrações da verdadeira humildade.
Essa
conquista é de imperceptível significado, por trazer a medida exata para conquistar
a compreensão de si mesmo, como a da própria pequenez diante da grandiosidade da vida.
Esse discernimento é conquistado
através de pequenos exercícios
que se transformarão em conduta natural como parte integrante da vida.
O egoísmo que predomina na natureza
espiritual do ser, pelos hábitos antigos
e das lutas pela sobrevivência, herança ainda do instinto de conservação da
vida, lutará para continuar dominando,
criando embaraços sem justificativas...
É
preciso um programa definido da responsabilidade pessoal, com a consequente
conscientização dos compromissos iluminativos que serão abraçados.
Compreendendo
que a felicidade não se limita aos interesses do imediatismo, o Espírito, agora lúcido, não se permite
repetir os acontecimentos negativos de ontem, quando era prisioneiro das
paixões dissolventes que o embriagaram e alucinaram, acorrentando-o nas faixas
primárias que lhe eram campo experimental, e não abrigo permanente...
Porque
é complexo na sua estrutura íntima, a humildade
pede séria observação de tudo quanto se faz e de como se realiza.
Não transfere para os outros o que
é de tua responsabilidade, quando fores
mal sucedido, nem lamentes a perda da oportunidade, retemperando, imediatamente,
o ânimo, para as novas tentativas.
Nunca se foge, assumindo postura de
martírio, justificando falta de
forças para o compromisso em que se empenha.
Humildade! Quanta falta
faz a humildade aos grandes pequenos seres humanos!
Considera-te como és; um permanente
aprendiz da vida.
Não te permitas pensar que és um
ser especial, catalogado como
superior ou portador de uma missão maior do que a dos outros,
Se estás à frente de alguma trabalho
ou com responsabilidade de alto significado na condução de bens terrestres, no ensino, na condução de vidas, vigia as nascentes do coração, evitando que a
agua cristalina do dever se turbe, mesclando-se com o lodo em repouso, como
prepotência ou falsa superioridade.
Tens
encargos a atender, que deves cumprir com desapego e elevação.
Se te encontras abençoado com a
fortuna ou com o poder temporal em qualquer experiência na sociedade,
compreende que és mordomo, e que
serás chamado a dar conta do que te foi confiado...
A arrogância é doença do Espírito que se permite ensoberbe-se pelo seu bafio, para
esvaziar-se de um momento para outro, quando a realidade se apresenta.
O orgulho é filho da presunção daquele
que se supõe inatingível, embora a
fragilidade de que se constitui.
A arrogância é falta de tino da
pequenez que se agigante em
aparência, temendo a perda do que crê que adquiriu.
A prepotência é distúrbio de
conduta, que mascara o
conflito de inferioridade do ser, aparentando a força que gostaria de ter.
A vaidade é distorção de ótica
espiritual, com lentes embaciadas
pela nuvem da ilusão...
Todo
esse cortejo de malfeitores internos estão prontos para impedir que se instalem a simplicidade de conduta,
o comportamento espontâneo e gentil, a sensatez que discerne entre a função e
aquele que a exerce, em relação à situação do momento que se vive e quem a
vive...
Nunca
é demais logicar em torno do que se é, com vista em como se encontra.
O jogo do poder muda de mão a cada
instante, e a gloria de hoje é a véspera da desgraça de amanhã, assim como a
submissão de hoje pode modificar-se para o domínio da situação no futuro.
Basta
um olhar apressado que seja, na política
mundial, para perceber que o perseguido de um momento torna-se o herói do futuro, que o vencedor em um pleito
logo entra em decadência quando assume o poder e não pode atender a tudo como
prometeu, que o conquistador que esmaga é possuidor de um império de passageira
duração...
Mas a humildade, dá ao ser humano a
medida exata do que ele é, de como deve se conduzir e tudo que lhe cabe fazer
para alcançar a elevada meta da sua integração
na Consciência Cósmica.
A
vida na terra é feita de contínuos desafios, sempre um mais grave do que aquele
que já foi solucionado.
Aprende,
assim, a ser participante da comunidade que a vida te hospedou, como membro
atuante, interagindo em todos os seus programas.
O
homem de bem, que tem a dimensão de si mesmo, percebe o quanto lhe falta
conseguir, para estar em paz, como decorrência do esforço empregado na conquista de si mesmo.
Nunca para, quando percebe o imenso caminho a percorrer, na
busca da Verdade...
Mantém-te,
simples de vacuidades e pleno de alegria
de viver, considerando a oportunidade iluminativa ao teu alcance.
Aproveita cada momento da vida, para ampliares os limites do progresso que te
cumpre alcançar.
Cada
irmão do teu caminho é tua oportunidade de crescimento para Deus.
Ninguém
alcança o Paraíso sem experienciar o terrestre Éden que se encontra ínsito no
coração como esplendido no amado planeta em que te encontras.
Assim, a humildade torna-se a
estrela brilhando à frente, convidativa e libertadora.
Texto de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento,
trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/05/2017
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