segunda-feira, 25 de maio de 2015


A conquista da plenitude pela gratidão

 

A Psicologia da Gratidão não pode nem deve isentar-se do estudo da transcendência do ser humano.

A partir do final do século XIX a grande quantidade de caracteres e identidades das pessoas fizeram surgir diferentes correntes de psicoterapia, todas respeitáveis, enquanto não generalizem  seus postulados, estabelecendo conceitos e métodos rígidos para atender seus pacientes. Sabemos que o sucesso de qualquer recurso curativo depende do esforço pessoal do enfermo, seu interesse pela recuperação da saúde e o bem estar, dando a sua contribuição, sem ela, os melhores processos de ajuda, se não são invalidos, são de pequena duração...

Toda generalização erra por produzir,  fanatismo ou preconceito.

A psicologia clássica e as diferentes escolas de experimentação clínica devem considerar o ser humano também como espírito imortal e não apenas na sua dualidade corpo-mente. Mesmo que não aceite a sobrevivência à morte orgânica, é compromisso científico estudar todas as variantes sem preconceito quanto à legitimidade. Porque os pacientes vêm de várias camadas culturais e sociais, religiosas e positivistas, crentes e não ligadas a nenhum credo espiritualista... O resultado desse procedimento será sempre positivo para o paciente ansioso e transtornado.

As pesquisas do magnetismo, e do hipnotismo, no começo muito criticado, trouxeram, nos final do sec.XIX, em diferentes academias seguidoras dos padrões materialistas da época, grande contribuição para a descoberta e o entendimento do subconsciente e, do inconsciente mais tarde... Restritos aos preconceitos da época foram rotulados todos os fenômenos dessa ordem e, mais tarde, também os mediúnicos e anímicos como psicopatologias: histeria, dissociação, epilepsia, alucinações, personalidades múltiplas e outras denominações que não correspondem à realidade.

Com essa conclusão, médiuns e sensitivos de diversas qualidades, por mais demonstrassem a interferência dos chamados mortos nas suas comunicações sob rigoroso controle de conceituados cientistas, foram considerados em estado de consciência alterada, portanto psicopatas...

O Dr. Pierre Janet, com sua tese do automatismo psicológico, reduziu todos os fenômenos a personificações parasitárias, tendo sido recebida com aplauso por muitos dos seus pares.

O Dr. Flournoy, estudando Hélène Smith e registrando a sua mediunidade, também utilizou explicações incapazes de enquadrar com segurança os fenômenos observados.

Frédéric Myers, constatando a realidade da fenomenologia mediúnica, especialmente por meio da Sra. Newham, afirmou que as comunicações não afetavam “o estado normal” das pessoas.

William James, o grande psicólogo pragmatista americano, observando séria e longamente as comunicações mediúnicas da Sra. Piper, convenceu-se da sua realidade e asseverou que, para se demonstrar que “nem todos os corvos são negros, basta somente apresentar um corvo branco”, desanimando os exigentes incrédulos...

Com o advento da psicologia transpessoal, com Maslow, Grof, Kubler-Ross, Pierrakos e toda uma elite de psicólogos, psiquiatras, neurologistas e outros especialistas nos  seminários em Big Sur, na Califórnia (EU A), foram apresentadas  mais amplas possibilidades de sucesso na aplicação de psicoterapêuticas em pacientes portadores de obsessões espirituais, de traumas e culpas de existências passadas, abrindo espaço para procedimentos conforme a psicogênese de cada transtorno...

Cada ser humano é um universo específico, tendo sua origem nos penetrais do infinito.

Transcendente, reflete as experiências vividas e acumuladas no inconsciente pessoal profundo, assim como registradas no inconsciente coletivo, produzindo os lamentáveis processos de alienação.

A sombra coletiva resultante do preconceito acadêmico reinante domina a sociedade e um sentimento ressentido gera culpa e animosidade, violência e frustração, medo e solidão, tornando ingrato o cidadão que deveria se transformar em um archote de luz alterando a paisagem social e moral da humanidade.

A possibilidade de transcendência dá ao ser humano um significado também grandioso, porque o seu ciclo evolutivo não para quando lhe ocorre a morte.

As metas são transferidas do círculo    corporal para a dimensão cósmica, assim continuando indefinidamente.

O ego passageiro com essa nova compreensão modifica o comportamento com o entendimento da imortalidade e libera o self (o ser real, o si, o ser espiritual, o ser eterno) da sua constrição afligente.

Essa visão imortalista também produz o amadurecimento psicológico, enriquecendo o indivíduo de segurança moral, de identificação com a vida, superando as crises existenciais que não o perturbam mais.

A ignorância a respeito do ser integral responde por muitos conflitos, como o medo, a ansiedade, a incerteza e a falta de objetivo existencial desde que, de um para outro momento, a morte destruindo a vida, tudo levaria ao nada...

A transcendência faculta o sentido de gratidão em todas as circunstâncias, proporcionando comportamento saudável, relacionamentos edificantes e imensa alegria de viver com os olhos no futuro feliz.

O homem e a mulher sabendo-se imortais tem perspectivas de alcançar a plenitude, pela possibilidade inevitável de ressarcir erros, de reabilitar-se dos erros ou enganos praticados, de recomeçar e conseguir êxito nos empreendimentos marcados pelos fracassos.

Agradecer emocionalmente ser-se transcendente é auto psicoterapia de otimismo que liberta o Narciso interno da sua imagem irreal, diluindo a síndrome enganosa de Peter Pan, e responsabilizando para a conquista da individuação, como consequência do amadurecimento psicológico que resultará no estado numinoso.

Não mais doenças nem estados doentes no indivíduo que se encontrou a si mesmo, que se descobriu imortal e avança em direção da sua plenitude.

Trabalhado pelo livro Psicologia da Gratidão, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco. 25/05/2015.
Caros amigos leitores, espero que leiam, reflitam e curtam bem o texto sabiamente trabalhado pela inteligência da querida mentora de Divaldo Franco, Joanna de Ângelis. Na sua rica e longa caminhada cheia de experiências reencarnatórias, sabiamente projetadas e realizadas grandemente com sucesso, aproveitando todas as oportunidades de aprendizado e experiências, traz hoje tão belas e ricas lições para nós, facilitando a compreensão e seleção de nossas opções de vida. Façamos bom proveito do rico trabalho da mentora que chega a nossas mãos. Sejamos pois, gratos.  bjs. Adáuria

Nenhum comentário: