sábado, 30 de março de 2024

 

PSICOLOGIA ESPIRITA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

REFLETINDOA ALMA

 

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Tormentos

 

O homem tem sido considerado uma massa física e mental, ainda incompleta, na busca do túmulo e alí se consome.

 

As religiões referem-se à alma com um destino adrede marcado para o futuro,

repousando na ociosidade ou

sofrendo na punição sem fim.

 

O mundo é,

para os primeiros, um  lugar de prazeres imediatos  com a inevitável presença do sofrimento, parte da sua imperfeição;

para os segundos, é um “vale de lágrimas”  um “lugar de degredo”.

 

De um lado, a informação do nada após a morte;

do outro, a faculdade preestabelecida,  

desrespeitando os códigos

do querer,

do lutar,

do vencer.

 

As duas correntes do pensamento leva,  aos sofrimentos.

 

Aqui, o gozo até a  lassidão dos sentidos, e

ali, a amargura frustrante, a castração da alegria e mecanismos de evasão da realidade.

 

Com essas propostas, surgem

os que vivem para fruir e

os que se  recusão à satisfação.

 

Jesus foi o modelo da felicidade.

Amava a Natureza,  os homens, os labores simples  com  os quais teceu as Suas parábolas.

 

Não condenava as  condições terrenas, nem as exaltava.

 

Como Mestre ensinava como se devia utilizá-las, respeitando-as, com elas gerando alegria entre todos, abençoando-as.

 

Como Médico das almas propunha vive-las sem pertencer-lhes, apontando metas mais elevadas, para serem conquistadas com esforço pessoal.

 

Os sofrimentos humanos vem da consciência de culpa de cada um.

 

Originário de outras  existencias corporais, o Espírito herda as suas ações, que ressurgem como efeitos.

 

Quando saudáveis, estes são benfazejos. O inverso é, verdadeiro.

 

Dos profundos arcanos da individualidade, surgem as matrizes das aflições que se lhe estabelecerão no ser como processos depuradores, facilitando a instalação das  enfermidades,  dos tormentos, das insatisfações.

 

Assim também, se criam as boas condições para a vida, fácil ou árdua,

no lar caracterizados por problemas econômicos ou morais ou

cheios  de amor e recursos que lhe ajudam na jornada.

 

É no ser profundo, imortal, que estão as raízes do que agora se encontra no solo  da organização carnal.

 

Os teus sofrimentos de hoje são sofrimentos que engendrastes no passado.

 

 Atormentaste sem piedade, e agora sofres sem conforto.

 

Afligiste sem misericórdia, e agora sofres sem  afeição.

 

Inquietaste com perversidade, e hoje te perturbas sem consolo.

 

O teu íintimo é um caldeirão fervente.

 

Os conflitos ocorrem, e pulas de um para outro desespero.

 

Tens dificuldade para exteriorizá-los, verbalizá-los aliviando-te.

 

Fobias, complexos, recalques dominam-te  a paisagem mental e te sentes um fracassado.

 

Refaz o ânimo, e sai do refugio dos teus sofrimentos para a luz da razão e lembra,

 

Ninguém está, na Terra, para sofrer, para viver conflitos destruídores.

 

Todos voltam ao mundo para

aprender,

recuperar,

reconstruir.

 

Na falta do  amor-ação, surge-lhes a dor-renovação.

 

Assim, entrega-te à paz, à libertação dos sofrimentos e  alcançá-la-as.

 

No inesquecível encontro de Jesus com a mulher de vida libertina, que Lhe lavou os pés com um unguento de lágrimas, enxugando-os com os seus cabelos, temos a psicoterapia para todos os tormentos.

 

Disse Ele ao anfitrião que o censurava mentalmente por aceitar a atitude da pobre atormentada: “Ela muito amou,  e,  por isso , os seus  pecados lhe serão perdoados.” Fitando-a com ternura e afeição, recomendou-lhe : “Vai-te em paz, a tua fé te salvou.”

 

O amor que se converte em reparação de erros é a eficiente medicação moral para todas as chagas

do corpo,

da mente e

da alma.

 

Ama e tranquiliza-te, deixando os teus tormentos no passado, e, ressuscitando dos escombros, ressurge, feliz, para a reconstrução sadia da tua vida.

 

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 31/03/2024.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

 

PSICOLOGIA ESPIRITA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

REFLETINDOA ALMA

 

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Posses

 

O apego aos bens materiais é uma jaula que prende o possuidor distraído, que passa a pertencer ao que acredita que lhe pertence.

 

Aflige-se, pelo medo de perder o que acumula; pela ânsia de aumentar o volume dos recursos; pela circunstancia de ter que deixa-los diante eminencia da morte sempre presente na  vida.

 

Desvaria, porque intoxica de orgulho e prepotência a criatura, que se acha merecedora de privilégios e excepcionais deferências, que a não impedem de a enfermar-se, neurotizar-se, padecer de solidão  e morrer como todas as demais.

 

Enrijece os sentimentos, que perdem a tônica da solidariedade, da compaixão e da caridade,  olvidando-se dos outros para pensar só em si.

 

Faz pressupor que nasceu para ser servido, abandonando o espirito de serviço que dignifica e favorece o  progresso.

 

O possuidor que não se interessa por dividir os valores, oferecendo oportunidades de trabalho, é escravo que mais se envilece,  quanto mais se prende às posses.

 

Rico é aquele que doa, espalhando os recursos, que se multiplicam em diversas mãos em benefício geral.

 

O verdadeiro rico é investidor consciente, que não paralisa o crescimento da sociedade, mas faz crescer a sua área  de realizações.

 

 

Sabe que é mordomo passageiro e não dono permanente, que deve prestar contas, dos valores  que lhe foram confiados.

 

O homem nada possui. Nem a si mesmo nem à sua vida, ele é um usuário de tudo que lhe chega e passa. Descobrir essa realidade harmoniza-o interiormente e com tudo que é passageiro, movimentando-se para o que é eterno, que é a sua espiritualização.

 

No século desfruta, mas não retém. Permanece, na  vida mas não abusa.

 

 

O encontro de  Jesus com o jovem rico que se dispôs a segui-Lo,  enche-se de extraordinário conteúdo contemporâneo.

Apesar de cumpridor das exigências formais da sociedade e da religião, não compreendia o  significado da integração da sua vida no ideal da vida eterna.

 

Queria o “Reino”, desfrutando os favores do mundo, como bens que lhe facilitavam a caminhada.

 

Queria seguir o  Amigo e fruir da Sua companhia, sem contribuir com nada.

 

Ter mais, sem ter que despojar-se de algo,  era o que desejava.

 

O Mestre, que o conhecia em profundidade, estabeleceu, que ele  vendesse tudo que tinha, desse-o aos pobres e O seguisse.

 

 

 

 

 

A vida é feita de intercambios, de trocas e permutas.

 

Se dá a quem tem e se tira de quem não tem, daquele que é avaro e nunca reparte o que é excesso que, não é nada, no entanto, para os demais, é tudo.

 

O moço era rico e gozador, mas não era feliz,  lhe faltava  algo: a solidariedade que pacifica as ansiedades do coração.

 

Talvez ele se pudesse libertar dos bens materiais; mas, não estava acostumado aos limites da escassez, ao equilíbrio da falta, a uma posição menos vistosa, sem o brilho enganoso nem a bajulação.

 

Renunciar aos tesouros seria um passo para a  renuncia de si mesmo, e isto lhe era demasiado.

 

Favorecido pela abundancia, temeu a necessidade, a carência.

Renunciou, ao permanente, e  perdeu-se na vacuidade. (no vazio).

 

Tens, como bens atormentantes junto  das moedas, propriedades, títulos, as paixões e  caprichos deles consequentes.

 

Buscas paz e afeição, felicidade e autorealização; mas, quando chega a oportunidade, resistes, não aceitas , pensas no que deves doar em troca, e  escolhes continuar como te encontras.

 

Queres, mas não estás seguro da escolha  que deves fazer, da contribuição a brindar, do teu esforço pela libertação.

Só é feliz quem é livre.

 

Só existe felicidade em quem se encontrou com a verdade, absorveu-a e tomou-a como norma de conduta.

 

No redemoinho das tuas queixas e conveniencias, se queres vida nova e harmônica, ouve Jesus quando diz: Despoja-te de tudo, dá aos outros o que seja útil e segue-me” – propõe Ele.

 

Desnudado, estarás fecundado pela luz; portanto, livre e feliz.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 22/01/2024.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

 

PSICOLOGIA ESPIRITA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

REFLETINDOA ALMA

 

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Revolução

 

Jesus sempre agiu como psicólogo profundo. Não importava o revestimento, a  aparência  com que as pessoas se Lhe apresentavam, ou se referiam às suas doenças, aos seus sentimentos.

Quando verbaliza o que lhe vai no íntimo, o homem  sempre escamoteia, no envoltório das palavras, o que quer dizer.

 

Há até, de forma inconsciente, um terrível pavor para alguém desnudar-se perante si próprio, e mais ainda diante de outro.

 

Poucas pessoas sabem escutar,  ver, compreender.

 

O sorriso de simpatia de um momento transforma-se em esgar noutro  instante, e a gentileza passa para agressividade.

 

Além disso, o ouvinte capta a projeção do narrador, adaptando a informação  à própria problemática; o entendimento de  que é capaz, ao seu campo de conflitos.

 

Jesus, por ser o  Homem Integral, límpido na Sua transparência efetiva, penetrava os arcanos mais profundos  do indivíduo, desconhecidos  para si mesmo, que se debatia e sofria na superfície dos efeitos sem alcançar as suas Causas.

 

Seus diálogos eram rápidos e diretos.

 

Não circunlóquios, nem evasões.

 

Quando referia a parábolas ou trazia contra interrogações aos fariseus  e hipócritas, usava de uma técnica sem paralelo, através da qual o farsante se descobria nas suas  próprias palavras.

 

Assim o fez, muitas vezes, inclusive com o sacerdote  que Lhe perguntou quem era o seu próximo, narrando-lhe a Parábola do Bom Samaritano e  obrigando-o, pela  lógica, à conclusão. Igualmente, aplicou o método com aqueles que Lhe perguntaram se era justo pagar-se o imposto, pedindo-lhes uma moeda e perguntando de quem era a efigie nela esculpida.

 

Era como sofredores, porém, com os quais  Ele mantinha a mais  correta psicoterapia que  se conhece.

 

Não recorria aos sonhos dos seus pacientes,  para  descobrir-lhe o seu  inconsciente, os seus arquivos, as suas sombras psicológicas.

 

Não administrava os medicamentos usuais ou outros de  complicadas fórmulas.

 

Não passava para os seus familiares o peso da culpa, da hereditariedade, dos  fatores socioeconômicos.

 

Não fazia que somatizassem os fenomenos desgastantes, com  acusações de qualquer origem.

 

Amava-os, transmitindo segurança e ajudando a redescobrirem cada um as suas potencialidades latentes, que foram esquecidas e abandonadas.

 

Despertava neles uma visão nova da vida,  amparando-os  naquele instante, mas não, os impedindo que continuassem como o  desejassem.

 

Jamais se lhes impôs.

 

Era buscado por todos, sem os procurar, porque o êxito de qualquer investimento depende do seu realizador.  As circunstancias são-lhe o campo, o espaço onde terá de agir.

 

É certo que, dos beneficiados, quase  todos que Lhe receberam a  claridade  libertadora foram adiante, sós, por escolha pessoal.

 

Muitos, ou quase todos, foram ingratos;  outros voltaram para as redes da indolência; muitos O acusaram, inconscientes e inadivertidos.  Mas todos, não ficaram livres do Seu magnetismo, da Sua afabilidade, do Seu poder.

 

Revolucionário, estabelecia a luta de dentro para fora: a morte do homem velho  e o nascimento do homem novo.

 

Contribuia com o primeiro passo. Os seguintes o candidato, é que os deveria dar.

 

A obra era geral; sendo a ação de cada um, a quem cabia realizar.

 

Indo à frente, aplainava a estrada.

 

Os inimigos estavam no foro íntimo de cadaum dos combatentes.

 

Ele também sabia, que o esforço era árduo e só a perseverança, o  tempo e o trabalho levariam à vitória. Assim, não se irritava, e nem se impacientava.

 

Se queres, mesmo, curar os teus males, deixa-te auscultar por esse sublime Psicoterapeuta.

 

Segue-Lhe as instruções.

 

Revoluciona-te, vencendo o comodismo, a autoflagelação, a autopiedade, o passado sombrio.

 

Renasce de teu ti.

 

Se realmente queres a vitória, vai e luta. Abre-te ao amor e ama sem esperar resposta.

 

Não estás sozinho na batalha.

 

Em volta de ti outros combatentes esperam apoio, da mesma forma que ocorre contigo.

 

Descobre-os e uni-te a  eles, sabendo, que a tua será a revolução com Jesus e não contra o mundo, a humanidade ou a vida.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 18/01/2024.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

 

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

 

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Responsabilidade

 

Está presente no homem, forte mecanismo que o leva para a fuga da responsabilidade, deslocando o seu insucesso para o outrem na condição de individui social, ou para as circunstancias da sorte, do nascimento até mesmo de Deus.

 

E quando isso não ocorre nas suas projeções comportamentais, apega-se ao complexo de culpa, mergulhando nas depressões onde esconde a infantilidade, sem considerar  a idade orgânica. Cronológica em que se encontra.

 

A responsabilidade resulta da consciência, que discerne e compreende a razão da existência humana, sua finalidade e suas metas, trabalhando  por assumir o papel que lhe cabe ou compete na vida.

 

Por isso, não se nega, nem se precipita, estabelecendo um programa de ação tranquila, no quadro de deveres que caracterizam o progresso  individual e coletivo, visando a conquista da plenitude.

 

O homem responsável sabe o que fazer , quando e como realizá-lo.

 

Não se torna parasita social, nem se escora na vitória alheia, nem se esconde no desculpismo.

 

A sua lucidez torna-o elemento  importante no grupo social em que se movimenta. Talvez não  lhe note a presença, ante a segurança pessoal que lhe proporciona;  mas, a sua falta sempre é percebida por razões óbvias.

 

A responsabilidade do homem leva-o  aos extremos do sacrifício, da abnegação, da renuncia, inclusive do bem-estar, até mesmo da sua vida.

 

Como pastor de almas, Jesus fez-nos responsável, elucidando-nos a respeito dos deveres, das necessidades,dos legítimos objetivos da nossa vida.

 

Em contrapartida, doou-se-nos até o holocausto, não fosse a Sua vida ao nosso lado, em si mesma, um grande e estóico (impassível ante a dor) sacrifício de amor.

 

Não obstante, conclamava a todos que O  buscavam para o dever da responsabilidade, que os capacita para as realizações relevantes.

 

Por conhecer a alma humana em sua realidade  plena, identificava nela as nascentes de todos os males, como também a fonte generosa de  todas as bênçãos.

 

Porque o homem ainda prefere a manutenção das  próprias mazelas, nelas se comprazendo, anestesia-se no infortúnio em que permanece com certo agrado, embora demonstre desconforto e infelicidade.

 

Desse modo,  sempre que acolhia àqueles que O buscavam, conhecendo-lhes as causas dos pesares, após atende-los, propunha-lhe com veemência que não retornassem aos erros, a fim de que lhes não acontecesse nada pior.

 

A responsabilidade liberta o indivíduo de si mesmo, alçando-o aos planos superiores da vida.

 

Enquanto ele se movimenta cultivando os morbos das paixões selvagens, desajusta os implementos emocionais, tornando-se vítima de si mesmo, facultando que se lhe instalem as doenças degenerativas e causticantes.

 

A renovação moral canaliza as energias saudáveis de forma favoráveis, preservando o ser para os cometimentos elevados a que se destina.

 

A humanidade sobrevive graças aos seus homens responsáveis, que trabalham sem  parar pelo bom, o belo, pelo ideal.

 

Eles se destacam pela grandeza das suas realizações cimentadas no sacrifício pessoal.

 

À mulher surpreendida no adultério, aos portadores do mal de Hansen e aos obsediados, após a recuperação de cada um, a advertência de Jesus era sempre firmada na responsabilidade, para  que, em entesourando os valores éticos e os deveres espirituais, não se permitissem voltar aos erros.

 

Agora, quando necessitas dEle, reformula os teus conceitos sobre a vida e passa a atuar corretamente, dominado pela responsabilidade. A ninguém transfiras a causa das tuas dores, dos teus insucessos. Dá-te conta dele e recomeça na ação transformadora.

 

Mesmo que não queiras, serás sempre responsável pelos efeitos dos teus atos.

 

Colherás conforme semeares.

 

Assume, então, teu compromisso com o Mestre e permanecerás saudável interiormente, estando íntegro nos teus deveres com  responsabilidade.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 03/01/2024.

 

 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

 

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

 

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Decisão

Um jovem que parecia disposto participar da Nova Era, candidatando-se a seguí-lO, Jesus lhe faz o convite direto.

 

Apesar do visível interesse, o rapaz, temeroso, volta e justifica que antes iria sepultar o genitor que havia morrido.

 

Diante da resposta que parecia justa, o  Mestre foi, incisivo, dizendo: “Deixa aos mortos o cuidado de sepultar os seus mortos; mas tu, vem construir no coração o Reino de Deus.”

 

Pode parecer estranho a atitude e proposta de Jesus a um filho que queria cumprir com o seu dever: o de, enterrar o pai desencarnado.

 

Talvez fosse essa a sua vontade verdadeira, adiando assim o engajamento na tarefa da vida eterna. Mas poderia talvez está ocultando uma outra intenção.

 

O desejo de estar presente no velório e a inumação do cadáver talvez fosse a preocupação de ser visto como um filho cuidadoso e fiel, merecedor  da herança que lhe cabia.

 

Alguma disposição no testamento, provavelmente, exigia-lhe o cumprimento desse dever final, podendo  perder o legado. Então, a sua presença não seria um ato de amor, mas um ato de interesse subalterno.

 

Os bens materiais, apesar  de

serem uteis, trazendo conforto,  progresso, paz entre os homens quando bem distribuídos,

são, também, algemas cruéis

que prendem as criaturas, e

que, passam de mãos,

são como coisas mortas,

que não merecem preferencia ante as verdades eternas.

 

Também se pode acreditar que  o rapaz ainda cioso da sua juventude, não estivesse disposto à renunciá-la, encontrando, na justificativa, uma forma  nobre  de fugir do compromisso.

 

Os gozos materiais  são fortes prisões que prendem o homem às paixões primitivas que deveriam superar  a seu próprio benefício,  mas  com frequencia os levam à decomposição moral, à morte  dos ideais libertadores.

 

 

Talvez a preocupação da nova responsabilidade causasse no candidato um receio injustificado, levando-o à desculpar-se com o argumento apresentado.

 

O medo de assumir compromissos graves dificulta o  desenvolvimento intelecto-moral  do indivíduo, mantendo-o parado na rotina despreocupada e monótona do seu dia a dia..

 

O convite de Jesus é acompanhado de um intenso programa, que se inicia com a renovação íntima para melhor, e continua com a ação  construtiva do Bem em toda parte.

 

O medo é fator dissolvente da individualidade humana, e traz responsabilidade por graves desastres e crimes que poderiam ser evitados.

 

É força que conduz à morte

das realizações dignificantes e

das próprias criaturas.

 

Por fim,

suponhamos que o sentimento filial prevalecesse na resposta, e

ele estivesse realmente preocupado com o pai desencarnado .

 

Mesmo assim, qualquer  pessoa poderia  sepultá-lo, mas ninguém, só ele mesmo, poderia encarregar-se da sua iluminação.

 

Jesus  era a sua oportunidade única.

 

Jesus penetrou-o e sabia o porque da sua recusa. Porém, deixou-o livre para escolher.

Ele foi sepultar o progenitor e não voltou.

 

Perdeu a oportunidade.

 

Muitos ainda agem assim.

 

Vê o que escolhestes para a tua atual existência: seguir  a vida e vivê-la, ou

acumular tesouros mortos para seputá-los no esqueccimento.

 

Desnuda-te interiormente e olha-te.

 

O que tens de real, que a morte  não te arrebatará?

O que vai contigo?

 

Seja severo no teu exame da consciencia e toma o lugar do jovem convidado.

 

Qual a tua resposta para  Jesus nesse momento?

 

Queixas-te dos problemas que te aturdem e os relacionas, ignorando ou tentando desconhecer que estás na Terra

para aprender,

resgatar,

reeducar-te.

 

Olha em volta e compreenderás o  quanto é urgente que te decidas pelo melhor e duradouro para ti como ser imortal  que és.

 

Se demoras a tomar a decisão, quando vieres a  tomar, provavelmente as circunstancias já não serão as mesmas e a tua situação vai estar diferente, talvez mais complicada.

 

Agora é o momento.

 

Deixa-te sensibilizar pela presença dEle e, segue-o feliz.

 

Agindo assim os teus problemas irão mudar  de aparência, perdem o significado afligente,   contribuindo assim para a tua felicidade.

 

Renascerás dos escombros e voarás para a Grande Luz, superando a  noite que te perturba.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 28/08/2023.