PSICOLOGIA ESPIRITA
GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
REFLETINDOA ALMA
livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade
texto
em estudo: Jesus e Posses
O apego aos bens materiais é
uma jaula que prende o possuidor distraído, que passa a pertencer ao que
acredita que lhe pertence.
Aflige-se, pelo medo
de perder o que acumula; pela ânsia de aumentar o volume dos
recursos; pela circunstancia de ter que deixa-los diante eminencia da
morte sempre presente na vida.
Desvaria, porque intoxica
de orgulho e prepotência a criatura, que se acha merecedora de privilégios e
excepcionais deferências, que a não impedem de a enfermar-se, neurotizar-se,
padecer de solidão e morrer como todas
as demais.
Enrijece os sentimentos, que
perdem a tônica da solidariedade, da compaixão e da caridade, olvidando-se dos outros para pensar só em si.
Faz pressupor que nasceu para ser servido, abandonando o espirito de serviço que dignifica e
favorece o progresso.
O possuidor que não se interessa por dividir
os valores, oferecendo oportunidades de trabalho, é escravo que mais se
envilece, quanto mais se prende às
posses.
Rico é aquele que doa,
espalhando os recursos, que se multiplicam em diversas mãos em benefício geral.
O verdadeiro rico é investidor consciente, que não paralisa o crescimento da sociedade, mas
faz crescer a sua área de realizações.
Sabe que é mordomo passageiro e não dono
permanente, que deve prestar contas, dos valores que lhe foram confiados.
O homem nada possui. Nem
a si mesmo nem à sua vida, ele é um usuário de tudo que lhe chega e passa.
Descobrir essa realidade harmoniza-o interiormente
e com tudo que é passageiro, movimentando-se
para o que é eterno, que é a sua espiritualização.
No século desfruta, mas não retém.
Permanece, na vida mas não abusa.
O encontro de Jesus com o jovem
rico que se dispôs a segui-Lo, enche-se de extraordinário conteúdo contemporâneo.
Apesar de cumpridor das exigências formais
da sociedade e da religião, não compreendia o significado da integração da sua vida no
ideal da vida eterna.
Queria o “Reino”, desfrutando os favores
do mundo, como bens que lhe facilitavam a caminhada.
Queria seguir o Amigo e fruir da Sua companhia, sem contribuir
com nada.
Ter mais, sem ter que despojar-se
de algo, era o que desejava.
O Mestre, que o conhecia em profundidade, estabeleceu, que ele vendesse tudo que tinha, desse-o aos pobres e
O seguisse.
A vida é feita de intercambios, de trocas
e permutas.
Se dá a quem tem e se tira de quem não tem, daquele que é avaro e nunca reparte o que é excesso
que, não é nada, no entanto, para os demais, é tudo.
O moço era rico e gozador, mas não era feliz, lhe faltava
algo: a solidariedade que pacifica as ansiedades do coração.
Talvez ele se pudesse libertar dos bens
materiais; mas, não estava acostumado aos limites da escassez, ao equilíbrio da
falta, a uma posição menos vistosa, sem o brilho enganoso nem a bajulação.
Renunciar aos tesouros seria um passo para a renuncia de si
mesmo, e isto lhe era demasiado.
Favorecido pela abundancia, temeu a
necessidade, a carência.
Renunciou, ao permanente,
e perdeu-se na vacuidade. (no vazio).
Tens, como bens atormentantes junto das moedas, propriedades, títulos, as paixões
e caprichos deles consequentes.
Buscas paz e afeição, felicidade e
autorealização; mas, quando chega a oportunidade, resistes, não aceitas ,
pensas no que deves doar em troca, e
escolhes continuar como te encontras.
Queres, mas não estás seguro da escolha que deves fazer, da contribuição a brindar,
do teu esforço pela libertação.
Só é feliz quem é livre.
Só existe felicidade em quem se encontrou com a verdade, absorveu-a
e tomou-a como norma de conduta.
No redemoinho das tuas queixas e
conveniencias, se queres vida nova e harmônica, ouve Jesus quando diz: “Despoja-te de tudo, dá aos outros o que seja
útil e segue-me” – propõe Ele.
Desnudado, estarás fecundado pela luz;
portanto, livre e feliz.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado
por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado
por Adauria Azevedo Farias. Publicado em 22/01/2024.
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