domingo, 8 de setembro de 2019




GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Psicologia da Gratidão

A GRATIDÃO COMO TERAPEUTICA AFICAZ

Hoje vivemos em busca da tecnologia e da ciência e suas descobertas e assim nos dirigindo à rapidez com relação a tudo e a todos.

O tempo, por não se dilatar, passa a ser  responsável por não poder atender a todas as necessidades  nas várias situações.

Os muitos equipamentos eletrônicos que ao tempo que diminuíram as distancias e facilitaram a vida tornaram-se  algozes de quem os utilizam.



Uma correspondência demorava tanto entre o ir ao destino e vir com a resposta ao missivista.

Um telefonema pedia se esperasse bastante tempo para que acontecesse realmente.

O rádio e a televisão, que quando surgiram, eram precários.

Mesmo assim, junto com as outras possibilidades que já existia, desfrutava-se de tempo para os contatos pessoais, para as correspondências, para acompanhar os acontecimentos...

A eletrônica e a cibernética rapidamente tornaram-se responsáveis por melhorar os recursos técnicos e os instrumentos adquiriram maior eficiência, permitindo comunicações imediatas, ao vivo em branco e preto, e a velocidade tomou conta do planeta, tornando tudo instantâneo.

O intercâmbio virtual mudou as paisagens na Terra, deixando o mundo mais belo e mais trágico, os contatos mais rápidos e perigosos, com o excesso de informações e de possibilidades de conhecer-se e de amargurar-se também...

Apesar disso, no computador ou num dos equipamentos modernos de telefonia com outros recursos, como máquina fotográfica, atendimento de internet e e-emails, mapas orientadores do transito, jogos, armazenamento de dados e outros instrumentos. E quando, por acaso, a operação está sendo executada e demora-se por alguns segundos, o indivíduo se impacienta, irrita-se, e quer trocar de aparelho por encontrar-se sobrecarregado...

O consumismo devora as suas vítimas que se lhe entregam indefesos, crendo em gozo, sem o sentido da felicidade, em poder, sem a paz interior.

O ser humano se perturba nesse labirinto de grandezas e de misérias, perdendo a direção pessoal e autoidentificação.

Fascinado pelas facilidades, prende-se a essa tecnologia de ponta e perde a noção da realidade no dia a dia.

Assim vivemos, uma neurose coletiva assustadora.

Desapareceram os limites do organismo diante da possibilidade de recursos para realizações e prazeres ao mesmo tempo, trazendo junto o aumento da criminalidade, causado por mentes perversas e doentes, que por serem invisíveis aproveita dando campo às suas perturbações e delírios mentais.

Sites de morbidez multiplicam-se atraindo os jovens desprevenidos emocionalmente, como presas fáceis da loucura desses psicopatas, que de algum modo por invigilância dos pais que lhes oferecem os equipamentos de comunicação virtual sem as devidas orientações, ou os permite demorar-se diante dos aparelhos de televisão divertindo-se com as películas de sexo explícito e degenerado a qualquer hora do dia ou da noite...

Antes do tempo então ocorre um tipo de amadurecimento psicológico dos jovens, distorcido, mórbido, sem significado dignificante.

Tornando-se adulto antes do tempo, permitem-se integrar tribos e grupos criminosos por desafiarem o status quo, permitindo-lhes transformar os conflitos em sentimentos normais. A astúcia e a perversidade instalam-se no comportamento, levando-os a se tornarem hakers, que invade a intimidade dos outros, contaminando os computadores com vírus, formando gangues ameaçadoras e perigosas.

A loucura assume o papel de normalidade e o perigo ronda a vida.

Essa alucinação torna o indivíduo soberbo, exigente, ingrato, bloqueando o sentimento de amor e de justiça e desenvolvendo nele os instintos agressivos que deveriam ser disciplinados, assim odiando a sociedade, porque  detestam-se interiormente.

Desamados, desde cedo, pelo desinteresse dos pais, com algumas exceções, vivenciam o abandono entregues a funcionários remunerados, pouco interessados pela sua harmonia psicológica e educação moral, e perdem o calor da afetividade que não receberam, vendo, nos pais, apenas como responsáveis pelos recursos da manifestação da vida, mas desligados dos seus problemas, das suas reais necessidades...

Iniciados muito cedo nos prazeres do sexo sem compromisso, os vícios se lhes instalam, a partir dos medicamentos para dormir, para despertar, para se excitar e para se acalmar, passando logo depois para as drogas químicas e alucinógenas.

O desvario invade a sociedade que se equipa de instrumentos eletrônicos para se defender, quando deveria se equilibrar com os sentimentos de amor e de compaixão para manter a saúde e a paz.

Apesar dessas inconsequências do comportamento humano, encontra-se no imo do ser a presença da paz e da saúde esperando oportunidade de expressar-se.

É essencial, buscar o sentido existencial, o amadurecimento pessoal pela reflexão, pelas ações de generosidade, para que se modifiquem as paisagens humanas da sociedade aflita destes dias.

Esse transtorno neurótico destruidora é resultado daquilo que Jung chamou de “o sofrimento da alma que não encontrou o seu sentido”.

Esse sentido não pode ser oferecido por ninguém, nem o psicoterapeuta dispõe de recursos para ofertá-lo, por ser pessoal na sua origem e significado, trazendo o nascimento do sentido existencial que vai sendo desdobrado pelos valores morais adquiridos durante a vilegiatura das experiências no transito carnal.

Cada um precisa descobrir a responsabilidade de ser ele mesmo, como pessoa humana portadora de valores que devem ser multiplicados e vividos como paradigmas de significação iluminativa. Para que se alcance o estado numinoso, é indispensável tornar-se luz desde cedo ou quando possível, permitindo-se que a sua luz se amplie com o  estar consciente, responsável pelos atos, sem temores nem ansiedades afligentes.

Ao compreender que se é responsável por tudo que lhe diz respeito, se instala o significado existencial que lhe tras o dever de tomar posições avaliadoras. Esse dever representa saúde ética e moral, física e emocional, psíquica e espiritual, proporcionando-lhe, desde então, o vir a ser sem traumas nem culpas do passado.

A sombra que dominava o ego dilui-se no self consciente da superação dos desafios.

E assim se encontrar o sentido da vida.

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 08/09/2019.

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