quinta-feira, 25 de julho de 2019


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Psicologia da Gratidão     
A GRATIDÃO: META ESSENCIAL DA EXISTNCIA HUMANA

Visitado por qualquer transtorno emocional, como; ansiedade, anorexia, bulimia, distimia, medo, solidão, depressão, e outros, o indivíduo debate-se em aflições intimas sem a capacidade mental lúcida para discernir a melhor maneira de conduzir-se. A queixa e a reclamação são bengalas psicológicas de quem busca apoio para manter o estado mórbido, reagindo inconscientemente às possibilidades de refazimento e recuperação.

O sofrimento dali decorrente atira-o ao abismo do egotismo e da autocomiseração, tornando-se incapaz de adotar a conduta afetiva que é  indispensável para viver a gratidão, o que lhe caracteriza o primarismo emocional.

Já havendo, amadurecimento psicológico, apesar da situação penosa, ele percebe o esforço que precisa fazer, para conquistar a harmonia, naquele momento desorganizada.

O self  lucido, sofrendo as imposições da sombra, aturde-se, e o ego enfermo predomina, criando dificuldades para recuperar a saúde emocional.

Graças ao desenvolvimento psicológico, a disciplina moral e aos hábitos saudáveis proporcionam a vitória sobre os transtornos emocionais, evitando que se instale a depressão com todos os prejuízos que ela traz.

Os estímulos vindos do hábito de pensar corretamente contribuem para produzir os neurotransmissores do bem-estar e o self  acaba superando as situações doentias, controlando o comportamento que restaura a saúde.

Nesse embate exitoso, o sentimento de gratidão exterioriza-se como importantes emoções de reconhecimento que possibilitam experiências psicológicas de plenitude.

Equivocadamente se pensa em gratidão só diante de acontecimentos felizes, quando são recebidos benefícios de qualquer tipo, abrindo espaço para a retribuição como ética do bom proceder.

Não desmerecendo a sua importância, defrontamos, nesse caso, marcas de egotismo, por significar reconhecimento pelo bem que ao ego foi oferecido, e não pelo prazer de ser-se agradecido.

A gratidão real e nobre vai além da retribuição gentil, afável e benéfica, manifestando-se também nas situações desagradáveis de dor, de sombra, de enfrentamentos agressivos.

Diante das mais graves tragédias, sempre se encontram razões para as manifestações gratulatórias.

Situações funestas que surpreendem em clima de terror e de debilitações das forças morais podem ser encaradas com menos angustia se pensar-se que, estando-se vivo, haverá sempre como lhes diminuir as consequências perversas e cáusticas. Enquanto se pode lutar, embora as circunstâncias negativas, dispõe-se de possibilidades de futuro encantamento e prazer, construindo-se novos fatores de alegria e de paz, superando a noite tempestuosa e encontrando o amanhecer benfazejo.


Situações que parecem insuportáveis, como a     dos fenômenos sísmicos destrutivos, do terrorismo e de outros crimes perversos, quem os sobrevive conduz recursos morais e emocionais para louvar e agradecer. Porque, continuando a vida orgânica, tem-se meios para diminuir os danos e recomeçar experiências evolutivas, tendo em vista que a vida verdadeira vai além das dimensões biológicas...

A filosofia das vidas sucessivas ensina que o que ocorre ao ser humano, especialmente  relacionado ao sofrimento, e ele não o provocou, se origina no passado espiritual, e é para o seu bem.

Quando Jesus falou que no mundo somente se teriam tribulações, não estava trazendo uma tese pessimista, mas realista, ligado ao processo evolutivo em que se encontram os Espíritos mergulhados no corpo físico, ou seja reencarnados. E acrescenta: “(...) mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jó 16:33), querendo dizer que a vitória é natural e inevitável se houver esforço e dedicação para consegui-lo.

Resumindo, ao invés do receio e da rebeldia ante tais insucessos, apresentemos a benção da gratidão, entendendo que a dor somente se expressa como investimento da vida em favor da plenitude do ser.

Nenhuma conquista ocorre sem o esforço, a temperança, a constância, o sacrifício.

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 25/07/2019.

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