domingo, 11 de fevereiro de 2018



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”

ANENCEfALIA

Nada no universo é caótico, resultante de desordem predominante. O que parece casual, destrutivo, é  efeito de programa transcendente, que visa a ordem, a harmonia.

Da mesma forma nos destinos humanos está presente a lei de causa e efeito,  responsável por tudo que ocorre, por mais diversas sejam.

O Espírito progride através das experiências que lhe desenvolvam o conhecimento intelectual enquanto trabalha as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

Agindo sob o impacto das tendências que nele se encontram, fruto de vivencias anteriores, faz inconscientemente o programa a que se deve submeter através do tempo futuro.

Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o inverso, como transtornos com  vários nomes, são ocorrência natural dessa elaborada  proposta evolutiva.

Todos experimentam, as consequências dos seus pensamentos, como manifestações verbais e realizações exteriores.

Sentindo no intimo a presença de Deus, o convívio social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em muitos indivíduos levam às dúvidas sobre sua origem espiritual, sua imortalidade.

Mesmo ligado a uma doutrina religiosa, com alguma exceção, o comportamento moral é materialista, utilitarista, preso às paixões do egotismo.

Não fosse assim, muitos benefícios viriam da convicção espiritual, que  define as condutas saudáveis, por serem motivos de elevação, vindos do dever e da razão.

Quando falta esse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se está satisfeito com os acontecimentos considerados frustrantes, perturbadores, infelizes...

Desequipado de conteúdos superiores que trazem autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo ainda presente no ser, trabalhando pelo egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos de momento, aos outros, às circunstancias  aziagas, que consideram injustas, e, em desespero, fogem em mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degradam, entre eles o suicídio.

Dos instrumentos usados para o autocídio, o praticado por armas de fogo ou quedas de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...

Não ficariam por aí, porém, os seus prejuízos, atingindo os delicados tecidos do corpo perispiritual, que comporá os futuros aparelhos materiais para continuar a jornada de evolução.


É inevitável o renascimento daquele que buscou extinguir a vida assim trazendo consequências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.

Muitos desses casos, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.

Há, anencéfalos e anencéfalos.

Muitos anancéfalos  preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central...

Precisam viver no corpo, mesmo que a  morte, após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.

Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Eles têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...

Não são coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas são filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.

Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou um dos responsáveis pela ocorrência terrível.

A genitora também não é vítima da injustiça divina ou da falsa lei do acaso, já que corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.

Quando as legislações perdem a razão e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, rapidamente, para legitimar   o abortamento.

...e quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros perversos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam ter eliminado no processo de crescimento intelecto-moral.

Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários começaram as suas dominações extravagantes e terríveis legalizando o aborto, e culminando,  com os campos de extermínio de vidas sob o estímulo dos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política de sociedade...

A morbidez alcança o seu clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.

As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.

Qual, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?

O processo da evolução, é inevitável, e os criminosos legais de hoje recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo com o sofrimento a respeitar a vida...

Sensibiliza-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.

Pensa que se ele tivesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescencia, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como ocorre as vezes, também o matarias?

Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirá também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.

Aprende a vencer dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 11/02/2018.

Nenhum comentário: