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“GRAVITANDO EM TORNO DE
DEUS”
LAZERES
E DIVERTIMENTOS
A indústria do turismo
vende os pacotes da ilusão como anestésico para a consciência da
responsabilidade, desviando o ser humano do seu programa de autodignificação com
o esforço a desenvolver pela consciência lúcida dos objetivos essenciais da
existência terrena.
Indivíduos trabalham
afanosamente, acumulando recursos e cansaço inevitável, estresse e angustia decorrente da luta em demasia, muitas vezes aguardando
lazeres e diversões que lhes trariam reequilíbrio e alegria pura.
O objetivo do viver não
é desfrutar as concessões artificiais que são renovadas diariamente e podem ser
conseguidas com recursos financeiros.
Esforçam-se para
compensar a ausência física e emocional no lar, junto da família, no desejo de
ganhar mais dinheiro, tiram férias coletivas, fugindo da realidade do dia a dia, que é a
participação nos problemas e desafios nessa célula ímpar que são os familiares.
Como aves tagarelas,
fazendo a viagem dos sonhos e da distração, visitam lugares do ócio, onde
predominam a beleza das paisagens, os artefatos de alto valor tecnológico para esquecimento dos problemas, vivendo o mundo de
fantasias e do cansaço, das caminhadas exaustivas, dos suores e dos
aborrecimentos, esteja-se onde estiver...
Quando chega aos
lugares paradisíacos, passada a primeira emoção, descobre que quase todo mundo decidiu
a mesma coisa, escolheu o mesmo local e suas ofertas fantásticas, ouvindo os
guias monótonos, as crianças irritadas, as despesas não previstas, piorando o
orçamento, desencanto inicial...
Ao invés do repouso, vem
o corre-corre das filas imensas ou o silencio dos lugares selecionados que,
após algum tempo, levam ao tédio e ao arrependimento.
As promoções bem
elaboradas magoam aos que não podem participar, sentindo-se humilhados no grupo
social, levando-os à depressão.
Qual a busca, da
criatura humana, senão as aparências, os aplausos, a ilusão?
O esforço prolongado traz
cansaço e mal-estar, sensações de aniquilamento e de abandono.
A crença surge, como
estímulo renovador, trazendo alegria, permitindo estímulos edificantes.
O ser humano traz infinito
cabedal de energia e de vitalidade.
Mas, atraído pelo
exterior, não se anima a auto-penetrar-se, a encontrar as respostas claras para
as suas necessidades.
A fantasia, vem da riqueza
da imaginação, convida aos voos, alguns alucinantes das conquistas consumistas,
ou à jornada dos problemas, quando a vida propõe os enfrentamentos que são
superados pelas soluções naturais.
Nessa impaciência, o
indivíduo não pensa na sua realidade imortal, escolhendo ser vítima necessitada
de apoio, invejando os lutadores que
considera privilegiados pela vida.
Há lazeres no lar, no
trabalho, na comunidade, ricos de divertimentos domestico não desgastantes, como
frutos da consciência objetiva do dever.
Se estas cansado no teu
trabalho, muda a rotina, retempera o animo e sentirás renovação emocional,
tornando-te tranquilo.
Pensa nos teus compromissos
e põe-lhe o sal do amor, pensando nas
metas a alcançar, especialmente quando tem significado profundo.
Considera o trabalho
benção que deves honrar, não mantendo o desejo infantil somente de férias e de
repouso.
Quem age no bem
conscientemente sente imensa alegria e, se sente estafa, transfere-se para
outro tipo de ação, renovando-se e continuando.
Toda ilusão, quando enfrenta
a realidade e dilui-se, deixa marcas de desencanto. Se morre, alguns indivíduos
também sentem-lhe o morrer das suas aspirações caracterizadas pela falsa
necessidade do gozo, do prazer, do ter...
As alegrias das férias
de encantamento passam e voltam os compromissos que ficaram esperando,
esquecidos na magia e no encantamento de breve duração.
Pessoas que moram nas
montanhas e entediam-se com as suas paisagens querem viver à beira-mar, nas
praias, onde outras ali vivem, desmotivadas pelo largo período no mesmo local,
sonham com as altitudes...
Enquanto os turistas
risonhos felicitam-se no prazer, os funcionários que os servem com sorrisos
profissionais, muitas vezes interiormente irritados, trazem o desejo, quase incontrolável,
de fugir para outros locais onde
gostariam de estar e de serem servidos.
Não acolhas a tristeza,
quando não possas fazer parte dos grupos sorridentes de conquistadores do mundo
mágico da imaginação deslumbrada.
Faz um programa do que te
é importante ou secundário e trabalha com alegria, e nenhum cansaço te
amarfanhará as horas.
Preenche as tuas horas
com atividades produtivas, e nas dedicadas ao repouso, ao lazer, não desligando
da realidade, ativo mentalmente e com
emoção de felicidade.
Olha os grupos barulhentos
dos festeiros e divertidos depois das festas, e verás a máscara do mal-estar presa
à face ou a aceitação para dizer como foram as alegrias, numa necessidade de
exibir o ego, acalmando a frustração.
Vida alegre é marcada
pelo trabalho contínuo, enriquecedor e natural.
Faz do teu lar o
abençoado lugar de ação e de paz, onde a alegria resulte do prazer de
viver e de amar.
E quando possas
espairecer, mudando de ambiente, procurando lazeres e divertimentos
convencionais, vive-os no seu momento, sem que se tornem pesada carga
de despesas inoportunas ou geradoras de futuros desencantos.
Jesus disse, até hoje
trabalha, referindo-se ao Pai que nunca parou
de agir.
O cristão primitivo, no
sublime trabalho da autoiluminação e da caridade, encontrava a alegria que os
lazeres e divertimentos de fora não traziam.
Acorda, para que a ilusão
não confunda o teu dia de ação, anunciando-te júbilos que se transformam em esgares.
Texto de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e
editado por Adáuria Azevedo Farias. 09/09/2017.
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