terça-feira, 13 de setembro de 2022

 

 

 

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: 


Jesus e Tolerância

 

 

Na Psicologia Profunda, o julgar as faltas alheias é grave ação de desumanidade em relação a quem erra.

 

O problema do pecado é de quem o pratica, que fica, a partir dali, envolvido em doloroso processo de autoflagelação, buscando, mesmo que inconscientemente, liberar-se da falta que lhe pesa como culpa na consciência.

 

A culpa é  sombra perturbadora na personalidade, responsável por enfermidades soezes, causadoras de desgraças de vária ordem.

 

Insculpida nos painéis profundos do  individuo, programa, por automatismos, os processos reparadores para si mesmo.

 

Toda impiedade, através dos julgamentos arbitrários, gera, mecanismos de futura aflição para o acusador, sendo ele mesmo uma consciência sob o peso de vários problemas.

 

Julgando as ações que considera incorretas no seu próximo, realiza a projeção da sua sombra como autojustificação, que não o liberta (livra) das suas próprias mazelas.

 

Por isso a tolerância, se impõe a todos como terapia pessoal e fraternal, compreendendo as dificuldades do caído, lhe oferecendo mãos generosas para o soerguer.

 

Na acusação, no julgamento dos erros do outro, deparamos com propósitos ocultos e vingança-prazer por constatar a fraqueza dos outros indivíduos, que sempre merecem a misericórdia que todos esperamos encontrar quando em situações equivalentes.

 

Jesus sempre foi severo na educação dos julgadores da conduta alheia.

 

Há cortes e autoridades dedicadas ao trabalho de saneamento moral da sociedade, responsáveis pelos processos que envolvem os delituosos e os julgam, estabelecendo os instrumentos reeducativos, nunca punitivos, pois que, se o fizessem, cairiam nos mesmos erros, ou até em erros mais graves.

 

O julgamento pessoal, que desconhece ou não considera as causas que geram os problemas, mostra o primitivismo moral do homem ainda “lobo” do seu irmão.

 

O Mestre estabeleceu a imagem do homem que tem uma trave dificultando-lhe a visão, mas, vê o cisco no olho do seu próximo.

 

A proposta é rigorosa, de claridade iniludível, que não permite qualquer evasão de responsabilidade.

 

Ele mesmo, ante da multidão aflita, equivocada, perversa, insana, em vez de julgá-la, tomou-se de compaixão e ajudou-a.

 

Naturalmente não solucionou todos os problemas, nem atendeu a todos, como eles o desejavam. Não obstante, compadecido, os amou, envolvendo-os em ternura e ensinando-lhes as técnicas de libertação para conquistarem a paz.

 

 

Tem compaixão de quem tomba. A consciência dele será o seu juiz.

 

Ajuda a aquele que cai. Sua fraqueza já lhe é  punição.

 

Tolera o infrator. Ele é o teu futuro, caso não tenhas forças para prosseguir bem.

 

A tolerância que utilizares com os infelizes se transformará na medida emocional de compaixão que receberás, quando chegar a tua vez, já que ninguém é inexpugnável, nem perfeito.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Em 13/09/2022.

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