sábado, 5 de setembro de 2020

 

Blog: Psicologia Espírita

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS

 

Texto lido; CONVIVÊNCIA

 

 

Na Terra a convivência social pela sua  complexidade é um grande desafio.

 

Considerando a criatura humana um universo de experiências especiais, diante do seu estágio evolutivo e das possibilidades de crescimento que lhe são possíveis, que são também sempre individuais, não existe uma receita de comportamento geral, que oriente um intercambio equilibrado e saudável.

 

Por viver as emoções que lhe são compatíveis, já que somos seres a priori – cada um já trazendo uma história escrita com a pena da experiência em vivencias passadas – conforme  considera o grande psiquiatra suíço C G Jung, o que é alegria para alguns parece uma provocação ou um demérito para outros, conforme a sua história no passado.

 

É preciso compreender que o querer conviver não traz sentimento de abuso nem exploração.

 

Atraídos ou recusados uns pelos outros, os indivíduos tornam-se simpáticos ou antipáticos pelas ondas vibratórias que os aproximam ou os afastam, e que se responsabilizam pelas reações afetivas consequentes desse comportamento.

 

Os ideais e os sentimentos semelhantes entre as pessoas muitas vezes as aproximam, desenvolvendo afetos importantes, que vão até a intimidade do ser, deixando que sejam percebidas as dificuldades e problemas que os envolvem.

 

Esperando-se benefícios imediatos das relações, a afetividade inicial esfria, como uma decepção ao perceber a diferença entre o que se pensava e o que é de fato.

 

Só para lembrar, cada ser humano é uma faixa de emoções e raciocínios diferentes, por isso ocorrem os choques afetuosos, por pensar-se que o tratamento feliz é aquele que se aplica, sem se perceber os conflitos e sentimentos que os tipificam.

 

O ego - ou eu, o centro da consciência - sempre tem uma face, mas o Self - o espírito imortal com a sua história através dos tempos e das reencarnações e suas possibilidades do futuro - tem outra identidade, quase sempre oculta. Portanto, o que agrada ao exterior nem sempre também agrada ao íntimo.

 

Quando não há um real sentimento de afeto, as amizades se desfazem, podendo surgir a animosidade, a desconfiança, as reações nefastas.

 

Todos necessitamos de amparo e afeto. Ninguém se encontra completo, nem autossuficiente.

 

A tolerância torna-se indispensável para compreensão e a bondade, o que diminui o choque de densidade, e ajuda com a lealdade em impulsos de ascensão e de caridade.

 

Mas quase sempre, exige-se conduta irrepreensível dos amigos, sem que, por sua vez, a tenham ilibada.

 

Crê-se, que amigo e censura não tem uma boa relação, necessitando de um comportamento equilibrado.

 

Na família começa-se a aprendizagem dos relacionamentos que produzem convivência saudável, mediante o espírito de fraternidade real que deve haver entre os seus membros.

 

Nas diversas fases do desenvolvimento orgânico e emocional, adquirem-se hábitos mentais de cooperação e de censura, que trabalham para as condutas em exercícios mais tarde no meio social em que é convidado a conviver.

 

A educação formal se encarrega pela cultura e pelo entendimento com largueza para alcançar a socialização e o convívio compensador.

 

O Evangelho de Jesus é o mais completo tratado na formação do caráter do ser humano.

 

Ele é todo trabalhado no esforço pessoal da iluminação interior proporcionando-lhe os instrumentos possíveis ao crescimento intelecto moral da evolução.

 

Suas máximas, constituídas de diretrizes edificantes, em nenhum momento propõem recusa de amor e de bondade em todas as   situações.

 

Suas parábolas, nascidas no cotidiano de todos, são histórias vivas e vibrantes que ensinam e trazem os tesouros da generosidade e da contribuição de exemplos ímpares em favor da harmonia e do crescimento moral.

 

São preciosas as conquistas proporcionadas pela Ciência e tecnologia, mas sem a vivencia do amor fraterno o vazio existencial marca a existência e leva-a à solidão, à soberba de considerar-se melhor, mais astuto, quando não mais lúcido, capaz de tudo fazer e imitar.

 

Considerando as conquistas intelectuais da tua marcha, não abandones nem desconsideres as excelentes lições da Boa-Nova, que são insuperáveis em confronto com as escolas filosóficas que parecem acalmar o ser, mas que o anestesiam nos sentimentos e dão brilho exterior sem a harmonia.

 

Conviver é ciência e arte do comportamento que se aprende a todo momento.

 

O tratamento que é dirigido a uma pessoa nem sempre funciona com êxito quando aplicado a outra.

 

A melhor maneira de identificar o que satisfaz a cada indivíduo é respeitar-lhe a individualidade, tornando-se agradável no conviver, de forma que o relacionamento seja sempre edificante e frutífero.

 

Todos desejam melhorar-se e tornar-se especiais, o que é compreensível, por necessidade gregária.

 

Os melhores amigos são os que ajudam a evoluir, os que contribuem para a reforma íntima e, em consequência, à iluminação espiritual.

 

Temas vulgares, conversações de censuras ou maledicências, assuntos que evidenciam orgulho e preconceitos são prejudiciais sob todos os aspectos, deixando claro que, da mesma forma, também vai ser crucificado na crítica quando se afastar do ambiente por algum motivo.

 

O convívio feliz é um alimento para a alma, que se alimenta de alegria e vivencia o calor do próximo, mesmo quando esteja em dificuldade.

 

Jesus, em todos os tempos, desde quando esteve na Terra, modulou a canção do amor universal e dessa forma tocou profundamente os Seus discípulos sinceros, as suas vidas, fazendo-as felizes.

 

Não fujas das incomparáveis formulações do Evangelho e busca participar do banquete da convivência, em trabalho de renovação das paisagens humanas da atualidade com o pensamento firme nos felizes dias do amanhã que te esperam.

 

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 05/09/2020.

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