Blog: Psicologia Espírita
REFLETINDO A ALMA
GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS
Texto lido; CONVIVÊNCIA
Na Terra a convivência social pela sua complexidade é um grande desafio.
Considerando a criatura humana um
universo de experiências especiais, diante do seu estágio evolutivo e das
possibilidades de crescimento que lhe são possíveis, que são também sempre
individuais, não existe uma receita de comportamento geral, que oriente um
intercambio equilibrado e saudável.
Por viver as emoções que lhe são
compatíveis, já que somos seres a priori
– cada um já trazendo uma história escrita com a pena da experiência em
vivencias passadas – conforme considera o
grande psiquiatra suíço C G Jung, o que é alegria para alguns parece uma
provocação ou um demérito para outros, conforme a sua história no passado.
É preciso compreender que o querer
conviver não traz sentimento de abuso nem exploração.
Atraídos ou recusados uns pelos outros,
os indivíduos tornam-se simpáticos ou antipáticos pelas ondas vibratórias
que os aproximam ou os afastam, e que se responsabilizam pelas reações afetivas
consequentes desse comportamento.
Os ideais e os sentimentos semelhantes entre
as pessoas muitas vezes as aproximam, desenvolvendo afetos importantes, que vão
até a intimidade do ser, deixando que sejam percebidas as dificuldades e
problemas que os envolvem.
Esperando-se benefícios imediatos das
relações, a afetividade inicial esfria, como uma decepção ao perceber a
diferença entre o que se pensava e o que é de fato.
Só para lembrar, cada ser humano é
uma faixa de emoções e raciocínios diferentes, por isso ocorrem os choques
afetuosos, por pensar-se que o tratamento feliz é aquele que se aplica, sem
se perceber os conflitos e sentimentos que os tipificam.
O ego - ou eu, o centro
da consciência - sempre tem uma face, mas o Self
- o espírito imortal com a sua história através dos tempos e das reencarnações
e suas possibilidades do futuro - tem outra identidade, quase sempre oculta. Portanto, o que agrada ao
exterior nem sempre também agrada ao íntimo.
Quando não há um real sentimento de
afeto, as amizades se desfazem, podendo surgir a animosidade, a desconfiança,
as reações nefastas.
Todos necessitamos de amparo e afeto. Ninguém
se encontra completo, nem autossuficiente.
A tolerância torna-se indispensável para
compreensão e a bondade, o que diminui o choque de densidade, e ajuda com a
lealdade em impulsos de ascensão e de caridade.
Mas quase sempre, exige-se conduta
irrepreensível dos amigos, sem que, por sua vez, a tenham ilibada.
Crê-se, que amigo e censura não tem uma
boa relação, necessitando de um comportamento equilibrado.
Na família começa-se a aprendizagem dos relacionamentos que
produzem convivência saudável, mediante o espírito de fraternidade real que
deve haver entre os seus membros.
Nas diversas fases do desenvolvimento orgânico
e emocional, adquirem-se hábitos mentais de cooperação e de censura, que trabalham
para as condutas em exercícios mais tarde no meio social em que é convidado a
conviver.
A educação formal se encarrega pela cultura e pelo entendimento
com largueza para alcançar a socialização e o convívio compensador.
O Evangelho de Jesus é o mais completo tratado na formação do caráter do ser humano.
Ele é todo trabalhado no esforço pessoal da iluminação interior proporcionando-lhe os instrumentos possíveis ao
crescimento intelecto moral da evolução.
Suas máximas, constituídas de diretrizes edificantes, em nenhum momento propõem recusa de amor e de
bondade em todas as situações.
Suas parábolas, nascidas no cotidiano de todos, são histórias vivas e vibrantes que ensinam e trazem
os tesouros da generosidade e da contribuição de exemplos ímpares em favor da
harmonia e do crescimento moral.
São preciosas as conquistas
proporcionadas pela Ciência e tecnologia, mas sem a vivencia do amor
fraterno o vazio existencial marca a existência e leva-a à solidão, à
soberba de considerar-se melhor, mais astuto, quando não mais lúcido, capaz de
tudo fazer e imitar.
Considerando as conquistas intelectuais
da tua marcha, não abandones nem desconsideres as excelentes lições da
Boa-Nova, que são insuperáveis em confronto com as escolas filosóficas que
parecem acalmar o ser, mas que o anestesiam nos sentimentos e dão brilho
exterior sem a harmonia.
Conviver é ciência e arte do comportamento que se aprende a todo momento.
O tratamento que é dirigido a uma pessoa
nem sempre funciona com êxito quando aplicado a outra.
A melhor maneira de identificar o que satisfaz
a cada indivíduo é respeitar-lhe a individualidade, tornando-se agradável no
conviver, de forma que o relacionamento seja sempre edificante e frutífero.
Todos desejam melhorar-se e tornar-se
especiais, o que é compreensível, por necessidade gregária.
Os melhores amigos são os que ajudam a evoluir, os que contribuem para a reforma íntima e, em consequência, à iluminação espiritual.
Temas vulgares, conversações de censuras
ou maledicências, assuntos que evidenciam orgulho e preconceitos são prejudiciais
sob todos os aspectos, deixando claro que, da mesma forma, também vai ser
crucificado na crítica quando se afastar do ambiente por algum motivo.
O convívio feliz é um alimento para a alma, que se alimenta de alegria e vivencia o calor do
próximo, mesmo quando esteja em dificuldade.
Jesus, em todos os tempos, desde quando
esteve na Terra, modulou a canção do amor universal e dessa forma tocou
profundamente os Seus discípulos sinceros, as suas vidas, fazendo-as felizes.
Não fujas das incomparáveis formulações do Evangelho e busca participar do banquete da convivência, em
trabalho de renovação das paisagens humanas da atualidade com o pensamento firme
nos felizes dias do amanhã que te esperam.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira
Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias.
05/09/2020.
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