Blog: Psicologia Espírita
REFLETINDO A ALMA
GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS
Texto lido; NUNCA SUBESTIMES O AMOR
Estás desanimado porque as tuas
expectativas na afetividade acabaram em desencantos, que te confundem a maneira de pensar e, a forma de
agir.
Tua carência afetiva te fez crer em
bem-sucedidas aparências de amor, e confias-te que valia a pena entregar o
coração e crer nos sentimentos que te foram apresentados.
Engano doloroso, porque, agora, determinada
situação, a pessoa mostrou-se sem equilíbrio no comportamento parecendo não aceitar.
A ternura visível no rosto de quem te
demonstrava bondade era máscara que escondia o ser real, que preferias não ver.
No íntimo, uma intuição do bem te avisava
que afetos negociados não são verdadeiros.
Deixam-se comprar e não se sensibilizam com os sentimentos de afabilidade e de carinho que
os cercam.
São frios e de caráter forte, humilham-te, parecendo que são
superiores a ti, em autovalorização, e calas no teu
cantinho de esperança, querendo qualquer migalha de atenção que te ofereça em boa
técnica de enganar-te e continuar contando contigo, sem te permitir o contrário.
Aparentam cuidar de ti, como para
corresponder ao que recebem do teu afeto, e te encantas, crendo seja
manifestação de afeto.
Como não te amam, devolvem-te em cuidados
exteriores com que impressionam os outros, mostrando uma bondade que não sente.
Com exceções, o amor entre os homens
ainda se encontra marcado por interesses ocultos, com os disfarces variados com
que se apresentam.
Sentes um frio interior que te congela por
constatar o que já sabias
intuitivamente.
Na tua ingenuidade, insistias, aguardando
alguma mudança, até mesmo de compaixão,
que não tem.
Aprende com a realidade a mover-te agora
com a sabedoria da experiência doída que te crucifica na amargura.
Essa alma amiga a que te entregaste e que
te abandona não merece o teu sofrimento. Levanta a cabeça e avança para a fraternidade. Nesta existência,
talvez não esteja no teu programa receber, mas apenas dares amor.
O mundo rico de sedução limita os
sentimentos ao imediatismo do gozo, da sensação, da variedade dos prazeres.
A afetividade enriquece melhor, porque
proporciona harmonia e beleza, encantamento e paz. Nada obstante, para que se
alcance esse patamar de sentimento, é necessário merecimento. Muitos afetos que se acariciam a
toda hora muitas vezes são superficiais, tentadores, exibicionistas, e
alteram-se junto com novidades que surgem.
Essa onda de melancolia e insegurança
passa com mais rapidez se não ficares cultivando esperança de recomeço, de
mudança.
A pessoa está adiante de ti, ama, aspira
a outrem, contenta-se e desfruta desse carinho que lhe é compensador.
Aceita o desafio de abandono que te
oferece e não olhes para trás.
Todas as palavras que antes te disse
eram oferendas de sonho. Houve tempo em que media as vantagens que fruiria junto
de ti ao teu lado e, por isso, te deixou esperar, sem comprometer-se, para, no
momento próprio, rudemente dizer que não confirmou essa afeição, a que tu lhe
dedicas.
A vida humana é um curso de aprendizagem
transcendente, pelo revestimento carnal, imanente.
Desperta para o amor verdadeiro, aquele
que ilumina a noite dos sentimentos, e alarga o caminho por onde segue os
aflitos.
Desce do pedestal imaginário em que te
estás e caminha com aqueles que vivem em solidão e te olham com avidez, querendo
estar contigo, pelo menos, um momento.
Investe neles, que também buscam o amor
e não tem conseguido nem o de receber uma quota de amizade.
Os relacionamentos humanos são imperiosa
necessidade de viver em harmonia em si mesmo. O próximo somos nós do outro
lado, com as mesmas carências e necessidades, aguardando a lapidação
indispensável à vitória sobre as paixões amesquinhantes.
Renascestes na Terra para amar, ensinar
o amor, cantar o amor e demonstrar a grandeza do amor. Por enquanto, não se
encontra na pauta da tua evolução recebe-lo, enche-te de alegria, usufruíres das
suas bênçãos como beneficiário.
A solidão é o teu caminho de
aprendizagem, de amadurecimento e de serviço.
Felizes os que compreendem o dever de
ajudar, mesmo necessitando de socorro. E assim, compreende melhor o significado
do auxilio que podes dar.
Aqueles que te veem sorrindo, como se
estivesses pleno de alegrias, não sabem as horas de tristeza e de ansiedades
que afogas em lágrimas vertidas pelo coração.
Mas, ama mesmo assim.
Não te desencantes com o amor, que é
hálito divino sustentando a vida e a grandeza universal.
Os seres humanos estão descobrindo, só
agora, a grandeza do amor desinteressado
e enternecedor, e compreendendo que ninguém alcançará o topo da subida sem uma
alma cireneia junto, auxiliando.
Treina, portanto, o bem-estar, neste
momento de agrura e soledade, de tal maneira que aquele que te subestima não se
dê conta de que já não é tão importante para a tua felicidade.
Além do mais, recorda-te de que, no
Mundo espiritual, há afetos profundos que se te dedicam, que te acalentam e
socorrem, jamais te abandonando, seja em qual circunstancia for.
...E, se o teu amor é verdadeiro,
permanece amigo de quem talvez até te desdenhe na sua vanglória momentânea.
Ascenderás espiritualmente, e nesse
caminho de evolução pode ser que alcançarás as metas existenciais e irás
distender teus braços e mãos amigas a esse afeto que, então, bendirá a tua
ajuda.
Volta agora à alegria de viver e de
poderes agir sem contar com a ajuda de outrem, conforme ontem te iludias.
Possuis mais forças e recursos do que pensas.
Os heróis mostram-se nas horas dos
combates, e não nos momentos tranquilos de paz.
Jesus, que é Luz do mundo, vivenciou da
escuridão resultante do abandono de quase todos aos quais amou, continuando
confiante e meigo em relação a eles, a ponto de voltar após a morte, para continuar
amando-os.
Deixa-O amar-te e segue amando-O com
abnegação e coragem.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira
Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias.
22/08/2020.
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