sábado, 22 de agosto de 2020

 

Blog: Psicologia Espírita

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS

 

Texto lido; NUNCA SUBESTIMES O AMOR

 

 

Estás desanimado porque as tuas expectativas na afetividade acabaram em desencantos, que  te confundem a maneira de pensar e, a forma de agir.

 

Tua carência afetiva te fez crer em bem-sucedidas aparências de amor, e confias-te que valia a pena entregar o coração e crer nos sentimentos que te foram apresentados.

 

Engano doloroso, porque, agora, determinada situação, a pessoa mostrou-se sem equilíbrio no  comportamento parecendo não aceitar.

 

A ternura visível no rosto de quem te demonstrava bondade era máscara que escondia o ser real, que preferias não ver.

 

No íntimo, uma intuição do bem te avisava que afetos negociados não são verdadeiros.

 

Deixam-se comprar e não se sensibilizam com os sentimentos de afabilidade e de carinho que os cercam.

 

São frios e de caráter forte, humilham-te, parecendo que são superiores a ti, em autovalorização, e calas no teu cantinho de esperança, querendo qualquer migalha de atenção que te ofereça em boa técnica de enganar-te e continuar contando contigo, sem te permitir o contrário.

 

Aparentam cuidar de ti, como para corresponder ao que recebem do teu afeto, e te encantas, crendo seja manifestação de afeto.

 

Como não te amam, devolvem-te em cuidados exteriores com que impressionam os outros, mostrando uma bondade que não sente.

 

Com exceções, o amor entre os homens ainda se encontra marcado por interesses ocultos, com os disfarces variados com que se apresentam.

 

Sentes um frio interior que te congela por  constatar o que já sabias intuitivamente.

 

Na tua ingenuidade, insistias, aguardando  alguma mudança, até mesmo de compaixão, que não tem.

 

Aprende com a realidade a mover-te agora com a sabedoria da experiência doída que te crucifica na amargura.

 

Essa alma amiga a que te entregaste e que te abandona não merece o teu sofrimento. Levanta  a cabeça e avança para a fraternidade. Nesta existência, talvez não esteja no teu programa receber, mas apenas dares amor.

 

O mundo rico de sedução limita os sentimentos ao imediatismo do gozo, da sensação, da variedade dos prazeres.

 

A afetividade enriquece melhor, porque proporciona harmonia e beleza, encantamento e paz. Nada obstante, para que se alcance esse patamar de sentimento, é necessário  merecimento. Muitos afetos que se acariciam a toda hora muitas vezes são superficiais, tentadores, exibicionistas, e alteram-se junto com  novidades que surgem.

 

Essa onda de melancolia e insegurança passa com mais rapidez se não ficares cultivando esperança de recomeço, de mudança.

 

A pessoa está adiante de ti, ama, aspira a outrem, contenta-se e desfruta desse carinho que lhe é compensador.

 

Aceita o desafio de abandono que te oferece e não olhes para trás.

 

Todas as palavras que antes te disse eram oferendas de sonho. Houve tempo em que media as vantagens que fruiria junto de ti ao teu lado e, por isso, te deixou esperar, sem comprometer-se, para, no momento próprio, rudemente dizer que não confirmou essa afeição, a que tu lhe dedicas.

 

A vida humana é um curso de aprendizagem transcendente, pelo revestimento carnal, imanente.

 

Desperta para o amor verdadeiro, aquele que ilumina a noite dos sentimentos, e alarga o caminho por onde segue os aflitos.

 

Desce do pedestal imaginário em que te estás e caminha com aqueles que vivem em solidão e te olham com avidez, querendo estar contigo, pelo menos, um momento.

 

Investe neles, que também buscam o amor e não tem conseguido nem o de receber uma quota de amizade.

 

Os relacionamentos humanos são imperiosa necessidade de viver em harmonia em si mesmo. O próximo somos nós do outro lado, com as mesmas carências e necessidades, aguardando a lapidação indispensável à vitória sobre as paixões amesquinhantes.

 

Renascestes na Terra para amar, ensinar o amor, cantar o amor e demonstrar a grandeza do amor. Por enquanto, não se encontra na pauta da tua evolução recebe-lo, enche-te de alegria, usufruíres das suas bênçãos como beneficiário.

 

A solidão é o teu caminho de aprendizagem, de amadurecimento e de serviço.

 

Felizes os que compreendem o dever de ajudar, mesmo necessitando de socorro. E assim, compreende melhor o significado do auxilio que podes dar.

 

Aqueles que te veem sorrindo, como se estivesses pleno de alegrias, não sabem as horas de tristeza e de ansiedades que afogas em lágrimas vertidas pelo coração.

 

Mas, ama mesmo assim.

 

Não te desencantes com o amor, que é hálito divino sustentando a vida e a grandeza universal.

 

Os seres humanos estão descobrindo, só agora,  a grandeza do amor desinteressado e enternecedor, e compreendendo que ninguém alcançará o topo da subida sem uma alma cireneia junto, auxiliando.

 

Treina, portanto, o bem-estar, neste momento de agrura e soledade, de tal maneira que aquele que te subestima não se dê conta de que já não é tão importante para a tua felicidade.

 

Além do mais, recorda-te de que, no Mundo espiritual, há afetos profundos que se te dedicam, que te acalentam e socorrem, jamais te abandonando, seja em qual circunstancia for.

 

...E, se o teu amor é verdadeiro, permanece amigo de quem talvez até te desdenhe na sua vanglória momentânea.

 

Ascenderás espiritualmente, e nesse caminho de evolução pode ser que alcançarás as metas existenciais e irás distender teus braços e mãos amigas a esse afeto que, então, bendirá a tua ajuda.

 

Volta agora à alegria de viver e de poderes agir sem contar com a ajuda de outrem, conforme ontem te iludias.

 

Possuis mais forças e recursos do que pensas.

 

Os heróis mostram-se nas horas dos combates, e não nos momentos tranquilos de paz.

 

Jesus, que é Luz do mundo, vivenciou da escuridão resultante do abandono de quase todos aos quais amou, continuando confiante e meigo em relação a eles, a ponto de voltar após a morte, para continuar amando-os.

 

Deixa-O amar-te e segue amando-O com abnegação e coragem.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 22/08/2020. 

Nenhum comentário: