sábado, 16 de dezembro de 2017



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
DIGNIDADE MORAL
Vivemos hoje, na Terra, o momento culminante da perda do senso moral a benefício da vulgaridade e do prazer enganoso.

Depois das visíveis conquistas da inteligência, o homem perde-se, não mais deslumbrado das glórias e expressões do macro e do microcosmo, mas nos estímulos perturbadores dos gozos passageiros, que gostaria de torna-los permanentes.

Luta-se, quase em loucura, para a conquista de recursos legais ou não, para participar-se do banquete do desperdício e da luxúria, da disputa entre os egos auto fascinados, utilizando-se de qualquer métodos que confiram a vitória, sem consideração pela ética do comportamento.

Nesse combate, existem exceções que  mantém as heranças ancestrais do dever e da dignidade moral, pagando o  tributo da zombaria dos frívolos e do desrespeito dos alucinados.

Parece predominar em conspiração generalizada contra a dignidade moral que é a base da sociedade próspera e feliz.

Os altos índices de corrupção nas diversas áreas de atividades públicas e privadas são assustadores, porém mais graves são a indiferença com que os extravagantes, depois de denunciados, continuam no convívio social criando leis e administrando os bens conseguidos de maneira indigna, como se fossem verdadeiros e honestos cidadãos.

Há momentos difíceis para discernir ente o certo e o errado, a desonra e a moralidade, ante o amontoado de justificativas para as condutas esdruxulas e incorretas que adquirem respeitabilidade, zombando dos princípios morais de todos os tempos.

O materialismo disfarçado em denominações religiosas que se satisfazem em trabalhar pelos valores da Terra em prejuízo dos do reino dos céus, conforme as sublimes propostas de Jesus, em nome de Quem esses pastores dizem estar a serviço.

As mensagens do mundo espiritual avolumam-se em convites honrosos a todos, para que despertem e alterem a compreensão dos fenômenos da vida, com comportamento compatível com a ordem e o progresso.

Estudos importantes e profundos em várias áreas do conhecimento psicológico e sociológico demonstram que o bem é bom para quem o pratica, e que a verdadeira conquista da saúde começa no pensamento equilibrado, exteriorizando-se como alegria e bem-estar, que superam as situações perturbadoras da caminhada evolutiva.

Nunca foram apresentados os excelentes resultados de pesquisas acadêmicas, demonstrando o alto significado do amor, da gratidão, do perdão, na construção do ser integral, como nestes dias conflitivos. Mas, o volume de convites ao erotismo e à violência sombreia as luzes libertadoras, gerando desconforto e tormento emocional.

Isso porque o ser humano que investiga se é possível a vida além da Terra não aprendeu ainda a viver no formoso planeta que o agasalha, servindo-lhe de escola de sublimação.

Indispensável e urgente é o investimento da dignidade em todos os comportamentos humanos.


Evita o tumulto das novidades perturbadoras.
Harmoniza-te, para que não sejas arrebatado pela ilusão de estar presente em todo lugar ao mesmo tempo, fruindo somente prazeres, possuindo os equipamentos mais recentes, logo  ultrapassados por outros mais complexos, mas incapazes, de proporcionar-te a harmonia interior.

Essa correria insensata para conquistar instrumentos de utilidade tecnológica e virtual esconde, a fuga psicológica do indivíduo que não se encoraja a viajar para dentro, buscando descobrir as raízes dos conflitos que o aturdem, escondendo-se sob a tirania das máquinas que lhe permitem comunicação com o mundo e todos quantos deseje, sem conseguirem a autorrealização no seu possuidor.

O encantamento pela posse, para estar atualizado, resulta dos medos internos, dos tormentos pessoais e da imaginação exacerbada pela propaganda muito bem dirigida, que embeleza as paixões morais, encobrindo a claridade da razão com as sombras dos gozos fugidios.

Ninguém pode viver em paz interior, sem a consciência do dever retamente cumprido. Após anestesiar-se a consciência por algum tempo, ela desperta, gerando culpa e necessidade de corrigenda por meio de punições.

Surgem, os mecanismos de fuga e de transferência que, por algum tempo, distraem o enfermo moral, abrindo espaço a falsas necessidades que se transformam em fantasia levando à drogadição, ao envenenamento pelos vícios sociais e espirituais de consequências lamentáveis.

O ser humano está destinado à gloria imortal. A sua é a fatalidade das excelsas bênçãos que o aguardam.

Diamante bruto, o Espírito, no seu processo de lapidação, necessita perder as anfractuosidades que o enfeiam, impedindo-o de refletir a beleza da luz.

Após o largo trajeto do instinto e o quase recente surgimento da razão e o do discernimento, predominam ainda nele os hábitos automáticos, os impulsos imediatistas, as heranças ancestrais...

A dignidade moral é um desafio que deve ser enfrentado e experienciado desde as experiências mais simples, para criar o condicionamento superior  que se transforma em conquista valiosa.

Só, com uma visão correta da imortalidade do Espírito é que se torna legítimo a contribuição da ação honorável, pois, sem a certeza da continuidade da vida, indispensável é usufruir agora de todos os bens que a vida proporciona, afogando-se no prazer do momento.

Por isso o espiritismo, como filosofia exemplar, oferece o concurso da iluminação interior, explicando o por quê da vida, sua finalidade, sua origem e sua culminância...

Sem esse extraordinário contributo, bom negócio fariam os maus, procedendo irregularmente, como dizia Platão, ante a ideia de que tudo logo mais seria consumido... mal negócio, porém, para esses, dizia com sabedoria o grande filosofo, tendo em vista que a vida continua além da disjunção molecular pelo fenômeno inevitável da morte ou desencarnação.

Desde que travaste contato com o Mestre de Nazaré com as Suas lições de imortalidade e vida, nunca te apartes da dignidade pessoal, que se encontra nas páginas do Seu evangelho, comprometendo-te com a verdade dos seus ensinos, para que vivas em harmonia e, ao libertar-te do corpo sigas em paz e alegria.

A dignidade é tesouro ainda pouco conhecido, mas, possuindo, as imensas fortunas da honradez e do alto significado existencial a que todos os seres estão destinados.

Em qualquer situação de difícil comportamento em que te encontres, pergunta-te como Jesus agiria se fosse com Ele, e faz como concluas que Ele o faria sempre com dignidade moral.

   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 16/l2/2017.

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