sábado, 21 de outubro de 2017



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”

QUESTÃO DE ÓTICA

NORMALMENTE INFELICIDADE refere-se a todo acontecimento de desequilíbrio, que altera o programa como se fosse o mais importante, criando embaraço e mal-estar...

Ocorrências como, pobreza, solidão, perda de objetos, perda de relacionamentos, desencarnação, doenças em seres queridos, doenças pessoais, dificuldades para a autorização social são considerados infortúnios que ferem profundamente as vidas humanas.

Se, nós terrestres compreendêssemos o sentido profundo e significativo da reencarnação, bendiria esses desafios que levam a reflexões positivas, pois se transformam em bênçãos, logo que passe, não sendo a felicidade, o prazer, a fortuna, o destaque na comunidade, o aplauso e o encantamento pelo acumulo de recursos que trazem comodidade e bem-estar. Estomago saciado, cofres cheios, casa luxuosa nem sempre trazem a harmonia do Espírito, que independe das coisas exteriores.

Muitos pensam em conquistar a felicidade pessoal, infelicitando os outros: latrocínios, infâmias, suborno, exploração, desvio de verbas governamentais que poderiam proporcionar a dignificação das massas, a edificação de hospitais, de escolas, de creches, a criação de organizações de beneficência, de cooperativas, fechando-se cárceres e penitenciárias, iludidos de que, sendo poderosos, conseguem anestesiar a consciência...

Filosofia perversa a do egoísmo, que leva o ser humano a transformar-se em lobo do seu irmão, devorando-lhe as carnes da alma.

Tal tipo de conduta estimula a corrupção da sociedade, a perversão de jovens iludidos pelo canto de sereia da mídia devoradora, abrindo espaço para a violência, os crimes hediondos, os comportamentos agressivos desagregadores da vida.

Bendito, o sofrimento bem compreendido e aceito, porque ele contribui para a libertação do Espírito de todos os enganos que o mantém na retaguarda do progresso.

Felicidade, é uma consequência, constitui na conquista da consciência em paz, que decorre dos pensamentos retos, das verbalizações corretas e das ações dignificantes.

A Terra ainda não alcançou o nível de paraíso. É uma escola formosa que hospeda aprendizes que passam pelas experiências iniciais de autoiluminação.

O sofrimento é mestre silencioso que ensina a conquista dos valores transcendentes que produzem a harmonia, auxiliando na conquista dos altos cimos.

A perfuratriz que atravessa diferentes camadas do solo, passando pelo granito rígido e pela areia acessível, permite que jorrem o petróleo e a agua que são indispensáveis, respectivamente, ao progresso da sociedade e à vida em suas múltiplas  manifestações.

A serra elétrica, em poucas horas, abate a árvore secular para transformá-la em abrigo, em mobiliário, em utilidades diversas, necessárias à humanidade.

A pedra alcançou a sua estrutura, atravessando milhões de anos para consolidar-se, e lentamente sofre o desgaste do leito do rio que se apoia nela ou da carícia dos ventos que a derruem...

A pepita de ouro dilui-se sob as altas temperaturas para amoldar-se a outras formas.

A força de atração universal transforma a poeira das estrelas em galáxias cintilantes no cosmo.

Tudo experimenta transformações e mudanças sob a ação de situações varias.

A alegria de um dia desaparece ante as lágrimas do outro.
O encantamento de um instante, e a decepção noutra oportunidade.

Afetos e paixões arrebatadores de uma hora transforma-se em ódios e perversidades mais tarde.

Nesses graves acontecimentos tudo se aprimora, para alcançar a meta para a qual foi programado.

O que se busca como felicidade numa fase da vida, transforma-se em  desencanto muitas vezes.

A relatividade da vida terrena é responsável pelos acontecimentos de vária ordem, que vem da pedagogia experimental da evolução espiritual.

Por isso a felicidade, buscada sob determinadas condições não estruturada na ética moral, é apenas resultado de uma visão distorcida.

O mundo pede vitória imediata, pelo acúmulo de coisas, mas a vida propõe amadurecimento emocional e renuncia constante, trabalhando o metal interno do ser.

Assim sendo, para no caminho do desespero e recompõe as paisagens íntimas, as considerações atormentadas e os atos irrefletidos.

Pensar e confere o que pensas com os fatos e perceberás que podes ser feliz, embora o que te acontece ou o que supões te faltar.

Por difícil te pareça, não há na Terra ninguém em regime de exceção, desfrutando privilégios. Tudo obedece ao plano divino a que se manifesta na lei de amor.

Compreende o teu dever de amar e servir, passando adiante.

Crê e prossegue.
Confia e espera.
A chuva da misericórdia divina cairá sobre ti, após o incêndio que te devora no momento.

Quem poderia supor sequer que Jesus, todo amor, depois de alterar a história pelas palavras sublimes e pelos atos de abnegação, seria traído por um amigo, negado por outro e abandonado por quase todos a quem beneficiara?

No entanto, Seus lábios não se abriram nenhuma vez em queixa ou reclamação, censura ou admoestação.

Pelo contrário, perseverou fiel ao ministério, e quando falou foi para pedir ao Pai que perdoasse os perseguidores por não saberem o que estavam fazendo.

Guardadas as proporções, faze o mesmo.

Logo depois, Ele ressuscitou em resplendorosa madrugada de luz, permanecendo sublime até hoje.

Tu também ressuscitarás em dia radiante cantando hosanas e gratidão a Ele.


Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/l0/2017.

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