sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 

 

 

Blog: Psicologia Espírita

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade

 

texto em estudo: Jesus e Desafios

 

o processo de evolução constitui para o Espiritismo um grande desafio.

 

Acostumado às vibrações mais fortes no campo dos sentidos físicos,

 

só quando a dor o visita é que ele começa a aspirar por impressões mais elevadas nas quais encontre lenitivo,

anelando por conquistas mais importantes.

 

Vivendo em luta constante contra os fatores constringentes do estágio em que se demora vez por outra experimenta paz,

que passa a querer em forma duradoura.

 

No começo são as dores com intervalos de bem-estar que o assinalam,

até conseguir a tranquilidade com breves presenças do sofrimento,

culminando com a plenitude sem aflição.

 

De degrau em degrau, ascende, caindo para levantar-se, atraído pelo sublime tropismo do Amor.

 

Conseguir o estágio mais alto significa-lhe triunfar.

 

Aturdido e inseguro, descobre uma conspiração quase geral contra o seu fatalismo.

São as suas heranças passadas que agora ressurgem,

procurando retê-lo na área estreita do imediatismo,

em nível inferior de consciência,

onde apenas se nutre, dorme e se reproduz,

com indiferença pelas emoções

do belo, do nobre, do sadio.

 

Anestesiado pelas necessidades vegetativas,

 

busca apenas o gozo,

 

que termina por causar-lhe saturação,

 

passando a um estado de tédio

 

que antecipa a necessidade premente de outros valores.

 

Lentamente desperta para realidades que antes não o sensibilizavam e,

de repente,

passam a significar-lhe meta a conseguir,

sentindo-se estimulado a abandonar a inoperancia.

 

O psiquismo Divino, nele latente,

 

responde ao apelo das forças superiores e

desatrela-se do cárcere celular,

 

igual a antena que capta a emissão de mensagens alcançadas somente nas ondas em que sintoniza.

 

O primeiro desafio, o de penetrar emoções novas, o atrai,

leva-o a tentativas cada vez mais complexos, mais audaciosos.

 

Experimentando este prazer ético e estético, diferente da brutalidade do primarismo, acostuma-se com ele e esforça-se para novos cometimentos que, a partir de então, já não cessam, desde que, encerrado um ciclo, qual espiral infinita, outro prazer se abre atraente, parecendo cada vez mais fácil.

 

Tudo na vida são desafios às resistencias.

A Lei da Entropia degrada a energia que tende à consumpção,

para manter o equilíbrio térmico de todas as coisas.

 

O envelhecimento e a morte

são fenômenos inevitáveis no cosmo biológico e no Universo.

 

Os batimentos cardíacos

são desafios à resistencia do músculo que os experimenta;

os peristálticos

são testes constante para as fibras que os sofrem;

a circulação do sangue

é quesito essencial para a irrigação das células;

a respiração

constitui fator básico, sem o qual a vida perece.

 

Tudo isso e muito mais, na área dos automatismos fisiológicos, a interferir nos  psicológicos.

 

É natural que o mesmo também ocorra no campo moral do ser, que nunca retrocede e não deve parar por nenhum pretexto.

 

No progresso, a evolução é inevitável.

A felicidade é o ponto final.

 

Não cabe ao homem recuar na luta,

a não ser para reabastecer-se de forças e prosseguir nos embates.

 

O crescimento de qualquer ideal resulta

dos estágios inferiores vencidos,

das etapas superadas,

dos desafios enfrentados.

 

A sequoia culmina a altura e o volume máximos, célula a célula.

 

O universo se renova e continua, molécula a molécula.

 

Facilidade é perda de estímulo com prejuízo para a ação.

 

Toda a vida do Mestre

foi um constante suceder de desafios.

 

Choques, no seu meio social e familial foram-Lhe as primeiras dificuldades,

que foram ultrapassados, pela superior finalidade para a qual viera.

 

Ele não aceitou carregar o fardo do mundo em caráter de redenção dos outros,

mas ensinou cada um a conduzir o seu próprio compromisso em paz de consciencia; não assumiu as tarefas alheias, nem deixou de demonstrá-las como fazê-las; altaneiro, sem presunção, sem submissão covarde.

 

Os desafios da sociedade injusta e arbitrária chegaram-Lhe provocadores, nas situações, pessoas e circunstancias;

apesar disso, sem deter-se, Ele continuou íntegro, enfrentando-os sem ira ou medo.

 

Passou aquele tempo;

todavia, permanecem os resíduos doentios.

 

Alterou-se a paisagem,

não os valores, que continuam relativamente os mesmos, criando obstáculos e insatisfações.

 

Enfrenta os desafios da tua vida, com serenidade.

 

Não esperes comodidades que não mereces.

 

Faz a tua marcha, indômito, protegendo os teus valores íntimos e aumentando-os na ação diária.

 

Quem teme a escuridão, perde-se na noite.

 

Sê tu quem acende a lâmpada e clareia as sombras.

 

Desafiando, Jesus venceu.

Segue-O e nunca pares nos desafios para o teu crescimento espiritual.

 

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado por Adauria Azevedo Farias. Em 15/02/2022.

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