Blog: Psicologia Espírita
REFLETINDO A ALMA
GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS
Texto: INTERVENÇÕES ESPIRITUAIS
Continuando a vida humana após a morte
orgânica, cada espírito continua de acordo com os valores acumulados na
existência encerrada.
As fixações conservadas na encarnação continuam,
comandando o comportamento no Além-túmulo, sob a forma de sua felicidade ou de
sua má sorte.
Os laços da afetividade positiva ou
negativa que unem todas as criaturas facultam os vínculos mentais e o convívio depois
da morte entre os que saíram do corpo e os que nele continuam.
Esse vinculo transforma-se em
intercambio psíquico, o desencarnado passa a interferir nas ações do que lhe
experimenta a emanação mental, dando espaço aos processos de obsessão, se os
desencarnados são atrasados, e de iluminação, se são seres evoluídos.
O codificador do Espiritismo constatou
essa influencia quando os mentores informaram que os desencarnados interferem
na existência orgânica mais do que se pensa.
A Lei das afinidades, como é natural,
responde por essa ocorrência, por propiciá-la.
Os que se identificam nos ideais,
aspirações e comportamentos atraem-se e comungam dos mesmos campos energéticos,
alimentando-se ou levando os compares à subserviência, à dependência enfermiça,
com as consequências de perturbações que somatizam e passam a viver no corpo
físico, que se desconecta do fluxo saudável da vida.
Os seres humanos nunca estão sós, continuando
em perfeita identificação com os desencarnados que lhes são emocional e
espiritualmente semelhantes.
As vidas se entrelaçam de tal forma que
quase ninguém vive sem receber essa influencia.
Considerando-se o estágio inferior em
que se encontram grande faixa de seres reencarnados, o intercambio faz-se dentro
da onda mental primária, sem grandes possibilidades de superação, a não se quando
se muda de comportamento íntimo. Toda ascensão de objetivos desenvolve vinculo com
seres correspondentes, que passam a administrar a caminhada terrestre.
Conservar pensamentos pessimistas, de
sofrimento, de futilidades, e viver-se comportamentos menos dignos atrai
Espíritos do mesmo nível moral, que passam a conviver na psicosfera do
encarnado, alimentando-se com as energias doentias, e transmitindo as suas que lhes
são próprias. Como consequência, o intercambio inconsciente entre os seres de
ambas as regiões vibratórias faz-se natural, tão constante, que o desencarnado mistura-se
no psiquismo daquele que se lhe torna vítima, como ocorre com qualquer tipo de
parasita...
O invasor nutre-se do cavalo que o hospeda no começo, até
tornar-se usurpador das suas energias, que passam a nutrir a sua vítima.
As obsessões são muitas na Terra, causadas
pelo desconhecimento do fenômeno que se constituem e pela facilidade do seu
enredamento com os seres reencarnados que as vitalizam.
Como a dependência de muitos Espíritos é
grande em torno das energias animais dos seres humanos, quando eles começam a
despertar para a realidade e iniciam às tentativas de libertação, são bem mais
agredidos e vitimados.
Verdadeiras técnicas são usadas pelos
enfermos espirituais que ficam na psicosfera humana inspirando ideias
perturbadoras e perversas, doentias e insensatas, que lhes facilitam a
continuação do intercambio doentio.
A recomendação de Jesus do vigiai e orai estende-se a essas
ocorrências como terapia preventiva a males dessa natureza.
As mentes vazias de pensamentos
elevados, cheias de queixas e animosidades, que ficam vigiando e afligindo os
outros, abrem um campo favorável a exploração dos obsessores ou ignorantes da sua realidade, submetendo os frívolos e ociosos ao seu talante,
ou vontade.
As raízes, de muitos males que perturbam
e fazem a sociedade da Terra sofrer estão nas ondas do mundo espiritual e criam
sérias situações que podem ser evitados pelo hábito saudável da oração, da
prática de ações nobres, de esforços para a própria transformação moral para
melhor.
Quando as saudáveis lições do Evangelho
de Jesus tornarem-se diretrizes de segurança e as revelações do Espiritismo
forem absorvidas, com mais facilidade vai se entender que não existem dois
mundos, como normalmente se acredita: o espiritual e o material, mas apenas
o mundo em vários graus de manifestação.
Cuidar-se-ão mais dos pensamentos, das
palavras e dos atos, pois todas as expressões de vida e atividade misturam-se nas
duas esferas, produzindo ressonâncias equivalentes ao teor vibratório de que se
constituem.
As criaturas humanas vão compreender que
a jornada espiritual é uma continuação natural da física, podendo construir o
melhor possível para si mesmas, desde já, preparando o seu futuro imortal.
Hoje por causa da perda do sentido ético
pela cultura e do incêndio das paixões da libido em suas várias expressões, o
comportamento torna-se totalmente materialista, mesmo nos círculos considerados
espiritualistas. Os interesses do prazer exaustivo sobrepõem-se aos que constroem
a harmonia íntima onde quer que se encontre.
Todo esforço deve ser aplicado no sentido de se encontrar
a visão correta do existir e dar equilíbrio aos instintos e boa
conduta às emoções, pois tudo se encadeia no Universo, “desde o átomo
primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo, assim como o átomo
de hoje será anjo depois”.
As obsessões são, mais numerosas do que
pode-se imaginar e ninguém está livre de ser-lhes vítima, se não estiver
vigilante e ao mesmo tempo em ação na
esfera do bem.
Quando as psicopatologias forem melhor
entendidas, mostrarão nas causas endógenas das doenças mentais e psicológicas a
presença do ser imortal desencarnado influenciando com força os que se
encontram mergulhados na carne.
Por várias razões, “busca primeiro o
Reino de Deus e Sua Justiça, e tudo mais te será acrescentado”, como Jesus
propôs no “mundo somente terás aflições”, em razão da transitoriedade da vida orgânica e das conjunturas de que
se constitui.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira
Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias.
21/03/2021.
Prévia do próximo texto
“cuida
do teu aprimoramento interior,
compreendendo
o teu irmão de jornada
e
ajudando-o quanto possas, sem
desfalecimento”.
Joanna de Ângelis
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