quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Texto lido: PERIODO DE TRANSE

 

A densa atmosfera vibratória que se encontra na sociedade atual produz um tóxico entorpecente pondo quase todos os indivíduos em semitranse.

 

Como fantasmas a vagar sem destino, as massas humanas movimentam-se atoleimadas em faixas de energia deletéria sem entender o que lhes está ocorrendo.

 

Sob um aspecto, arrastam-nas ao embalo de barulhos alucinatórios e luxúria exacerbada, ou anulam-lhe a compreensão, o discernimento e o bom-tom, permitindo-se quaisquer arrastamentos.

 

Entorpecidas pelas sensações grosseiras do primitivismo em que se situam, elegem condutas estranhas, distantes dos comportamentos do amor e da responsabilidade que a vida impõe inflexível.

 

Levados pela força hipnótica em que se nutrem, vivem as situações asselvajadas para atenderem falsas necessidades orgânicas, especialmente as que pertencem aos instintos primários.

 

Mentes poderosas da Erraticidade inferior infiltraram ideias torpes, indecentes que ferem a moral, nas suas redes psíquicas e não possuem energias saudáveis para arrebentar as correntes magnéticas em que se debatem.

 

Esse estágio que caracteriza os dias da sociedade de hoje é o fruto de comportamentos materialistas apresentados por doutrinas cínicas e existencialistas que reduzem a vida humana ao amontoado de células montadas pelo acaso.

 

O predomínio da natureza animal sobre a natureza espiritual do ser faz do homem o brutamonte, insensível a manifestações do amor e da solidariedade.

 

Ao fracassar, o individualismo egoísta,  empurrou as comunidades para o coletivismo das modas e hábitos viciosos que desgovernam a Terra.

 

Problemas que o amor resolve facilmente foram abandonados e cresceram na preferencia do gozo pessoal em detrimento dos valores éticos que são a segurança emocional para a existência terrenal.

 

Esse transe é pestífero porque vitaliza miasmas psíquicos que se transformam em vírus e bactérias agressivos que se multiplicam nos organismos em desarmonia.

 

Surgem doenças de repente, e distúrbios individuais de gênese desconhecida dizimam esses ingênuos ou imprudentes.

 

O pensamento é o dínamo que gera forças por ser a casa mental a emissora de ondas que se transformam em ideais e expressam na  matéria.

 

A cada momento, propostas de prazer, de recreações varias inconsequentes arrebatam as multidões desestruturadas.

 

Há um vazio existencial que o gozo material não preenche porque é de breve duração.

 

Cada dia mais cresce a degradação moral e dos sentimentos que conquista cidadania embriagando os viandantes descuidados da organização material.

 

Quando a situação se tornou desesperadora entre os seres humanos, em cada fase, os Céus ensejaram a oportunidade para que antigos mártires, missionários do bem e da caridade, renascessem no mundo para despertar os anestesiados nas ilusões infelizes.

 

Esses Espíritos oferecem-se para arrancar do transe nefasto os irmãos que não tem sabido resistir às atrações do mal.

 

Nesses períodos, a angustia domina as emoções, e o sofrimento se oculta em sorrisos de embriaguez e de paixões imediatistas que consomem as massas.

 

A angústia, de alguma forma, é necessária no processo da evolução.

 

A lagarta que quer voar em forma de borboleta leve retorce-se no casulo, experimenta mudanças totais e consegue sair do solo para planar nas correntes aéreas.

 

O Espírito também é constrangido as imposições, às vezes penosas, difíceis para ascender na direção da Grande Luz.

 

És membro dessa grei sublime, capacitada para o soerguimento moral da Humanidade.

 

Alguns que estão participando do movimento revolucionário se encontram na Espiritualidade, com o objetivo de sustentarem os que se sacrificam no corpo em que mergulham para que tenham assistência especial até o fim do compromisso.

 

Para atenderes a essa tarefa específica de despertamento para a iluminação, serás chamado aos desafios da sombra e ciladas do mal, permanecendo sem temor e fiéis no dever embora aparentemente vencido.

 

É uma verdadeira guerra de ideias que se tornaram vidas,  necessitadas no momento de socorro e vitalização.

 

Não esperes compreensão geral nem apoio emocional. As vítimas do transe não estão dispostas à reabilitação, ao reencontro com a lucidez. E outros que também são sustentados pelo sopro nefasto produzirão armas contra ti, causando-te dores e punições perversas para que desanimes.

 

Formarão grupos bem organizados para o combate e se multiplicarão, surpreendendo pelas armas de que se utilizarão para destruir-te, para silenciar-te.

 

Fica atento e não revides, caindo nas  armadilhas que sabem preparar.

 

Continua fiel ao compromisso com Jesus, que enfrentou situação equivalente, sempre perseguido, porém amoroso sem cessar.

 

Não te surpreendas pelas pequenas vitórias que surgirão, lembra de que a batalha final é a que decide o conflito. Essa luta final não foi a crucificação do Mestre, mas foi a Sua ressurreição que demonstrou a vitória da verdade.

 

Não permitas abater o teu ânimo, nem duvides, pois é uma nuvem dificultando a claridade do raciocínio.

 

Luta contra as tuas forças mesmo que fracas, e não te deixes abater, não te entregues.

 

O Evangelho é canção de alegria indescritível

e está confiado a ti.

 

Vive-o em toda a sua grandeza e não abras espaço para o temor ou o amolentamento, eles desaparecem rápido, na luta, se permaneceres irretocável no teu dever.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/01/2021.

 

 

  

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